A união da Ricardo Eletros e da Insinuante, anunciada na terça-feira (30),
chama a atenção para um tema bastante delicado no mercado de trabalho: o impacto
de fusões e aquisições para os profissionais.
Em situações como esta, muitos começam a temer a perda do emprego, o que não
é por menos, uma vez que em determinados cargos não faz sentido ter dois
profissionais. Daí surge o primeiro efeito das fusões e aquisições: a
insegurança.
“O RH ( recursos humanos) é crucial neste processo. Ele terá a função de
promover a integração entre as culturas e, mais do que isso, de entender o clima
organizacional. Porque, apesar de benéfica para as empresas, a união gera
desconfianças nos profissionais”, explicou o diretor de Negócios da Academia de
Marketing, Mario Cunha.
Aos profissionais e líderes
De acordo com Cunha, além do controle da insegurança dos profissionais,
outro ponto que ditará o sucesso da união será a integração entre as equipes,
que muitas vezes têm uma diversidade muito grande, tanto em relação à formação
quanto à cultura, a exemplo da Ricardo Eletros com a Insinuante, em que a
primeira atuava no Sudeste e a segunda no Nordeste brasileiro.
“Não vejo problemas na diversidade, pois, se bem aproveitada, ela dará
resultados positivos”, disse o diretor de Negócios, para quem esse processo de
integração é mais demorado até mesmo do que a união dos processos das empresas.
Para que a integração entre as equipes aconteça com sucesso, ele dá algumas
dicas aos profissionais:
- Respeitar os valores da outra empresa, que agora não é mais outra, mas a
mesma empresa;
- Ser flexível, inclusive em relação a outras atividades a fazer;
- Ser proativo;
- Ter capacidade analítica e entender a outra empresa e o mercado em que
ela está inserida, no qual também passará a atuar;
- Não ficar na zona de conforto.
Enquanto isso, os líderes devem se esforçar para definir objetivos comuns,
principalmente para saber quais as competências que irá precisar de sua equipe.