Saúde - Anemia: muitos têm, poucos sabem
Fator genético ou falta de ferro no organismo são algumas causas da doença,
que atinge 30% da população mundial.
A doença, caracterizada pela falta de ferro no organismo, atinge principalmente
crianças, mulheres e idosos. No universo feminino, o problema é cada vez maior.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2/3 das mulheres em
algum momento da vida podem apresentar anemia.
"Isso se deve à perda excessiva de sangue pela menstruação, carência de
nutrientes ou por causas genéticas", afirma o hematologista Gustavo Betarello.
Por isso, informação e bons hábitos alimentares são fundamentais para evitar a
doença, caracterizada pela diminuição das células sangüíneas vermelhas ou do
nível de hemoglobina.
Segundo Dr. Bettarello, a diminuição dessas células reduz o transporte de
oxigênio para os tecidos. "É necessário que a hemoglobina esteja presente em
níveis adequados para garantir a oxigenação apropriada de todos os tecidos do
organismo", ressalta.
Quando a oxigenação não ocorre corretamente, levando à anemia, o indivíduo pode
apresentar sensação de fraqueza, mal-estar e palidez cutânea. Em casos mais
graves, podem ocorrer falta de ar e insuficiência cardíaca. Para diagnosticar a
doença basta um simples hemograma.
"Qualquer anemia deve ter sua causa investigada para que o tratamento apropriado
seja instituído assim que possível. Às vezes, a primeira manifestação de uma
grave doença pode ser uma anemia", ressalta Bettarello.
O tratamento depende da causa e da gravidade, mas comer alimentos ricos em ferro
pode ajudar no tratamento e a prevenir a doença. "Beterraba, fígado,
grão-de-bico, ervilha, rapadura, lentilha, cereais integrais, como nozes,
castanhas e hortaliças podem complementar o cardápio para o paciente anêmico",
ressalta a nutricionista Simone Castilho.
Para ela, é fundamental procurar um médico desde a primeira suspeita de anemia.
Como toda doença, se não for tratada a tempo, a anemia pode piorar
substancialmente a qualidade de vida, diminuir o rendimento no trabalho e nas
atividades físicas e, em casos mais graves, comprometer as funções cardíaca,
renal e cerebral.
"Por mais que a doença possa ser simples, não se pode menosprezá-la. É
importante a realização do hemograma pelo menos uma vez ao ano".
|