Busca-se no mercado cada vez mais talentos com um determinado grupo de
competências comportamentaisÉ quase como um rótulo: foco em objetivos,
visão de negócio e de resultados, capacidade de se comunicar e negociar,
mobilidade e adaptação, criatividade e auto-iniciativa são pré-requisitos para
um número cada vez maior de requisições e não só no campo gerencial. Mesmo
atividades de execução, muitas vezes, primam por esses requerimentos e isso vale
para aproximadamente 50% das vagas no mercado de trabalho hoje.
Porém, essas competências não estão presentes em todo mundo. Talvez em apenas
15% da população elas apareçam como predominantes. Isso cria um paradoxo, pois
se aproximadamente 50% das vagas no mercado de trabalho requerem um tipo de
perfil que aparece em apenas 15% da população, como fazer para suprir essa
necessidade?
E é por isso que pessoas com esse tipo de perfil são as mais voláteis, ou, em
outras palavras, são exatamente os talentos difíceis de serem mantidos. Por quê?
Porque o mercado os quer. Aliás, ocorre um fenômeno interessante: as pessoas que
a empresa quer manter são as que têm a tendência de irem embora e, as que a
empresa não se incomodaria se fossem embora são as que acabam ficando.
O que fazer então? A resposta está no desenvolvimento de cada indivíduo. As
pessoas podem mudar seu estilo comportamental e desenvolver competências
específicas, que não naturais em seu self, mas que irão aparecer em sua personna.
A manutenção de uma máscara, tanto social como profissional, é possível se os
fatores motivadores do indivíduo forem devidamente estimulados. Em outras
palavras, ele tem que desejar a mudança. E muito.
Imaginemos uma pessoa gorda que deseja emagrecer. A maioria dos gordos deseja
isso, no entanto, a obesidade é um problema que só cresce. Então, só desejar não
é suficiente. É preciso desejar muito, muito mesmo, até que esse desejo se
transforme em ação. Para isso, é preciso focar o desejo, a vontade de mudar.
Mudanças são difíceis, trabalhosas (é por isso que dietas são quebradas,
programas de ginástica são interrompidos, etc.). Essas são as barreiras que
precisam ser vencidas. É possível? Sem dúvida.
A questão é: como obter esse tipo de mudança em uma escala profissional, de modo
a atingir um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo?
Há tecnologias disponíveis no mercado que permitem um processo de avaliação de
competências comportamentais necessárias versus competências existentes no
perfil de cada indivíduo. Sistemas de Análise de Perfil Pessoal (ou PPA, sigla
de Personal Profile Analysis) auxiliam o gestor a identificar as necessidades em
cada indivíduo e a traçar um plano de desenvolvimento adequado. Entretanto, só
isso não basta. Como já foi dito, é preciso que o indivíduo deseje a mudança.
Ele precisa se projetar, se ver naquele novo papel e gostar da projeção.
Uma forma de se conseguir isso é por meio de um programa de coaching. Para
pequenos grupos ou necessidades pontuais, o coaching presencial é interessante,
mas para grandes grupos, muitas vezes dispersos geograficamente, a solução está
no e-coaching, uma nova forma de prover e monitorar o auto desenvolvimento dos
indivíduos, ajudando-os e orientando-os em seus processos de mudança
comportamental.
Essa tecnologia permite que cada indivíduo tenha seu plano de desenvolvimento
acompanhado por um software que gerencia o processo. Como se trata de um
programa informatizado, seu custo é muito mais interessante para grandes grupos
de treinados, pois o custo unitário é muito menor que um processo de coaching
presencial, além de permitir que dezenas e mesmo centenas de pessoas estejam no
programa simultaneamente.
Resumindo, a necessidade de novos padrões de perfil comportamental no mercado
moderno mais a dificuldade cada vez maior de encontrá-los entre a população,
impõe aos empresários e gestores um novo desafio: formar, moldar pessoas de modo
a atenderem as novas e cada vez mais dinâmicas necessidades do mercado de
trabalho moderno.