Em tempos de crise, a inovação e a criatividade são algumas das
características profissionais mais apreciadas pelos líderes. Afinal, com esses
atributos, a equipe consegue alcançar soluções alternativas para problemas
organizacionais, auxiliando a empresa a sair de resultados negativos com maior
agilidade.
Entretanto, uma pesquisa constatou que 58% dos entrevistados têm como prioridade
a realização das tarefas exigidas para sua função e apenas 9% buscam novas
ideias para inovar seu trabalho. O estudo realizado pela Fellipelli contou com a
participação de 700 profissionais em todo o País, no primeiro semestre deste
ano. A amostra contou com a participação dos clientes da consultoria.
Na opinião do diretor da área de Avaliação e Diagnósticos da Fellipelli, Ricardo
Rabello, a alta concorrência do mercado pode ser um dos motivos precursores
desse resultado.
"É importante ressaltar que a competitividade do mercado tende a influenciar
fortemente os ambientes corporativos, orientados para resultados e, desta forma,
valorizam profissionais com alta capacidade de realização. Como consequência, há
poucos profissionais dedicados a questões internas, que impactam os resultados
apenas de maneira indireta", diz.
Executores de tarefas
Entre os profissionais cuja meta é realizar o trabalho solicitado, 24%
desempenham papel de produção, aquelas pessoas que implementam, operacionalizam,
finalizam, realizam e garantem eficácia e resistência. Outros 34% têm como foco
a organização, auxiliando os processos de estruturação, planejamento e
mapeamento, estabelecendo sistemas e processos e gerência de recursos.
Já 18% dos profissionais realizam na empresa o trabalho de desenvolvimento,
focando seus esforços em testar, analisar, converger informações, definir riscos
e avaliar recursos. Outros 10% disseram que têm como função a promoção, ou seja,
eles influenciam, convencem, explicam, identificam aliados, vendem internamente
e externamente e constróem a imagem da empresa.
Diferenciados
Os 9% dos entrevistados que são abertos a novas ideias e procuram sempre inovar
foram separados em dois grupos: os inovadores (6%), que divergem, avaliam
possibilidades, apoiam mudanças, inovam, desafiam o "status quo" e conectam
ideias com necessidade; e os consultores (3%), que são pessoas preocupadas com a
coleta de informações, que avaliam, entendem e são abertas a novas ideias,
defininem e perguntam as questões adequadas.
A pesquisa também chegou à conclusão de que existem poucos profissionais
voltados para questões humanas e para o impacto social das decisões, uma vez que
somente 4% dos entrevistados têm o perfil de inspeção, praticando feedback e
definindo indicadores de sucesso e, apenas 2% têm como foco a manutenção,
profissionais que definem, implementam, comunicam e reforçam as práticas de
políticas e valores da empresa.
Rabello finaliza indicando a fórmula para se alcançar o sucesso empresarial. "O
segredo do sucesso de equipes de alta performance, no mundo todo, é o equilíbrio
no desempenho dessas funções, de acordo com os desafios apresentados".