Empréstimo / Financiamento - Bônus...e ônus: saiba mais sobre cada tipo de empréstimo
Depois de fazer o balanço de suas contas, você percebeu que a situação apertou:
o salário irá acabar antes do mês. Então, concluiu que recorrer a um dinheiro
extra será a melhor alternativa para aliviar o orçamento.
No entanto, existem diversas formas de se tomar dinheiro emprestado. Dentre
outras, pode-se simplesmente usar o cartão de crédito, fazer um desconto em
folha de pagamento, ir direto ao banco ou penhorar um bem.
Antes de escolher por qualquer uma delas, o consumidor deve analisar quais são a
vantagens e desvantagens dos tipos de empréstimos. Lembrando que eles devem ser
usados somente em último caso e, principalmente, com consciência.
Análise
Confira abaixo os tipos de empréstimos e as vantagens e desvantagens de cada um
deles:
- Consignado: esse tipo de empréstimo tem as parcelas abatidas diretamente
da folha de pagamento, o que é muito positivo para pessoas desorganizadas
financeiramente e que podem cair na inadimplência. Um ponto negativo, de
acordo com a professora de Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), Myriam
Lund, é que, por ser descontado em folha de pagamento, sua renegociação fica
mais complicada. Por isso, tome-o somente se estiver dentro de seu
planejamento e não porque é um dinheiro mais barato, quando comparado com
outras modalidades de crédito.
- Cheque especial: trata-se de um crédito pré-aprovado, que disponibiliza
recursos até o limite estabelecido e com os quais o correntista pode contar
quando bem entender. Muitas pessoas se entregam à facilidade de uso. Afinal,
não é preciso encarar a difícil situação de pedir dinheiro emprestado,
assumindo que não foi capaz de equilibrar o orçamento. Porém, como os juros
cobrados são muito altos, é preciso pensar muito bem antes de optar por este
caminho. O mais importante para quem utiliza o cheque especial com
frequência é saber que o dinheiro não faz parte da sua renda e que, ao final
de um certo período, você terá de pagar a quantia que pegou mais os juros
sobre ela.
- Empréstimo direto com o banco: como o próprio nome diz, a negociação do
valor e das condições de pagamento é feita diretamente com a instituição
financeira, o que dá mais flexibilidade. Porém, suas taxas de juros podem
ser altas, dependendo da relação do cliente com o banco. Quem achar melhor
lançar mão dos empréstimos pessoais deve pesquisar bastante para achar a
melhor taxa de juros. Para não perder dinheiro, é preciso observar se as
instituições cobram outras taxas.
- Penhor: visa ao acesso rápido ao crédito, sem a análise de cadastro ou
exigência de avalista. Para penhorar, o consumidor pode estar inscrito em
cadastros de inadimplência, por isso, é preciso ter ainda mais cuidado para
não se render à facilidade. Tome cuidado também com os custos da penhora,
como juros e tarifas. Fique ciente de que, se não resgatar o bem, o prejuízo
será grande, já que ele sempre tem valor superior ao avaliado.
- Rotativo: ele pode ser visto como uma facilidade para quem passou por um
sufoco momentâneo e não conseguiu arcar com seus gastos no cartão de
crédito. Mas, se pagar somente o valor mínimo da fatura, saiba que o
restante será cobrado como crédito rotativo, no qual incidem taxas de juros
altíssimas. Não há como negar que o cartão de crédito trouxe maior
comodidade, segurança e agilidade. Mas, por mais que ele funcione como uma
alternativa de crédito fácil em situações de emergência, é preciso cuidado
para não criar o hábito de constantemente financiar parte da fatura.
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