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Investimentos / Fundos - Seu dinheiro: conheça a rentabilidade de diferentes tipos de investimentos 

Data: 23/01/2009

 
 
Qual é a primeira pergunta que lhe vem à cabeça quando o assunto é investimento? As respostas podem ser variadas, versando sobre quanto ganharei no final do período ou com relação aos riscos da aplicação. De uma forma ou de outra, ambas estão ligadas a uma mesma variável: o retorno do investimento.

Quem está preocupado com ganhos, pode ter que arriscar mais para garantir um retorno melhor. Por outro lado, quem está inseguro com relação aos riscos pode optar por uma aplicação menos rentável, mas mais conservadora.

Pesquisa da Quorum Brasil revela que, quando o assunto é investimento, o primeiro ponto levado em consideração, tanto por homens quanto por mulheres, é a rentabilidade. Na divisão por faixa de renda, o item também aparece no topo da lista entre os pontos analisados na hora de investir.

Diante deste resultado, conheça a rentabilidade de diferentes modalidades de investimentos e avalie a aplicação que mais se adequa aos seus objetivos.

Mercado de Ações - sem rentabilidade garantida
Ações são ativos de renda variável, ou seja, não oferecem ao investidor uma rentabilidade garantida, previamente conhecida. Por não oferecer uma garantia de retorno, este é um investimento considerado de risco.

A rentabilidade dos investidores é composta de dividendos ou participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa emissora, além do eventual ganho ou perda de capital por conta da venda da ação.

O retorno do investimento, no entanto, dependerá de uma série de fatores, como desempenho da empresa, comportamento da economia brasileira e internacional etc.

"O investidor, principalmente se iniciante, deve ter sempre em mente que o mercado de ações é um mercado de risco e que pode ganhar (aumentando seu patrimônio) ou perder (diminuindo seu patrimônio) a quantia que investir, total ou parcialmente", diz um alerta do site da BM&F Bovespa.

Títulos públicos - liquidez garantida pelo Tesouro
Com liquidez garantida pelo Tesouro Nacional, os títulos públicos são ativos de renda fixa que se constituem em boa opção de investimento. Segundo o site do Tesouro Direto, programa de venda de títulos a pessoas físicas desenvolvido pelo TN, em parceria com a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), o rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes no mercado.

A rentabilidade varia de acordo com o tipo de título e o preço de aquisição, podendo ser prefixada (LTN), indexada à taxa SELIC (LFT), indexada ao IGP-M (NTN-C) ou indexada ao IPCA (NTN-B).

Confira as vantagens e desvantagens de cada um desses títulos com relação às suas respectivas rentabilidades:
    LTN - Letras do Tesouro Nacional
    Por se tratar de título prefixado, o investidor tem a exata noção do retorno do título se carregá-lo até a data de vencimento, mas...

    O investidor está sujeito a perda de poder aquisitivo em caso de alta de inflação e, caso não consiga "carregar" o título até o vencimento pode ter rentabilidade maior ou menor do que a acordada.

    LFT - Letras Financeiras do Tesouro
    Indicada para o investidor que deseja uma rentabilidade pós-fixada indexada à taxa de juros da economia (Selic), mas...

    O preço do título flutua em função da expectativa de taxa de juros dos agentes financeiros.

    NTN-C - Notas do Tesouro Nacional - Série C
    Permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, se protegendo da elevação do IGP-M. Além disso, o investidor recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que aumenta a liquidez possibilitando reinvestimentos, mas...

    O preço do título flutua em função da expectativa de inflação dos agentes financeiros. O investidor que não conseguir "carregar" o título até o vencimento pode ter baixa rentabilidade.

    NTN-B - Notas do Tesouro Nacional - Série B
    Permite ao investidor obter rentabilidade em termos reais, se protegendo da elevação do IPCA. Além disso, o investidor recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que aumenta a liquidez possibilitando reinvestimentos, mas...

    Preço do título flutua em função da expectativa de inflação dos agentes financeiros. O investidor que não conseguir "carregar" o título até o vencimento pode ter baixa rentabilidade.
Caderneta de Poupança - conservadorismo e segurança
Um dos investimentos mais tradicionais, a caderneta de poupança é sinônimo de segurança, mas de baixo retorno. As regras de funcionamento da aplicação, incluindo a remuneração, são reguladas pelo Banco Central, de forma que, independente da instituição financeira escolhida para a aplicação, a rentabilidade será a mesma.

A regra para definir a rentabilidade é simples: 0,5% ao mês (que equivale a um retorno anual de 6,07%) mais a variação da TR (Taxa Referencial). A TR é um indicador criado pelo governo, calculado com base na Selic e nas taxas médias dos CDBs pré-fixados de 30 dias. Ao investir na caderneta de poupança, a variação da TR até o primeiro aniversário já é conhecida, de forma que você já sabe qual será a rentabilidade no primeiro mês.

Como a variação da TR após este período não é ainda conhecida, a caderneta de poupança pode ser considerada um investimento pós-fixado.

Apesar da característica segurança e conservadorismo da aplicação, alguns cuidados devem ser tomados para que o retorno, já entre os mais baixos do mercado, não fique menor ainda. Confira as dicas:
    Menor saldo do período: a rentabilidade é definida sempre sobre o menor saldo do período. Por exemplo, se você iniciou o mês com R$ 1.000 e sacou R$ 400 após 15 dias, a rentabilidade será calculada sobre R$ 600. Isso mostra que saques fora da data de aniversário podem prejudicar a rentabilidade de forma significativa.

    Sub-contas: vale a pena considerar instituições que ofereçam sistemas que gerenciem aplicações e saques, de forma que sejam criadas "sub-contas" dependendo do aniversário, sem a necessidade de abrir novas contas. Isso, em geral, garante que os saques sejam feitos das sub-contas com aniversário mais vantajoso.

    Dias úteis e não úteis: no caso de datas de aniversário em dias não úteis, não saque no dia útil anterior, já que você perderá toda a rentabilidade do período. Espere o dia útil posterior ao aniversário para sacar sem perder juros.
Fundos de investimentos - questão de estratégia
Os fundos de investimento aparecem como uma aplicação financeira formada pela união de vários investidores e organizada sob a forma de pessoa jurídica, como um condomínio, visando a um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.

A rentabilidade de cada fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo gestor - pessoa responsável pela alocação dos recursos do fundo, avaliando os cenários e estruturando as carteiras -, que deve respeitar as características definidas no seu estatuto.

Existem fundos de diversos perfis (renda fixa, ações, multimercados, etc) que se aproximam, em termos de rentabilidade, da aplicação direta nestes mercados. Por exemplo, o perfil de um fundo de ações é muito próximo do investimento direto em Bolsa, enquanto um fundo DI tem um perfil próximo a uma aplicação em LFTs.

Se um fundo conseguir rentabilidade de 3% em um mês, todos os cotistas terão a mesma valorização, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande importância na rentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento também às taxas cobradas, que variam de acordo com o fundo e com a instituição.

Pés no chão - de olho no futuro
A rentabilidade é uma das variáveis que devem ser avaliadas na hora de escolher uma aplicação. No entanto, conhecer o comportamento de cada investimento com relação ao seu retorno em períodos passados, não garante bons resultados ao investidor. Vale a premissa: "rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura".

Informação, objetivos concretos e pés no chão são importantes para ter sucesso no mundo dos investimentos.


 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Patrícia Alves, InfoMoney
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