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Consumidor - Crédito: 5 dicas para que ele não passe de alívio a pesadelo financeiro 

Data: 16/01/2009

 
 
O crédito é visto como uma luz no fim do túnel por muitos brasileiros, que recorrem a ele para equilibrar o orçamento ou para fazer uma aquisição de alto valor. Porém, em um piscar de olhos, pode ser que esse "alívio" financeiro se torne um "pesadelo". Isso porque não são levados em consideração alguns cuidados na tomada do empréstimo.

De acordo com a professora de Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas), Myriam Lund, existem alguns pontos que não podem ser deixados de lado no momento de recorrer ao crédito. Alguns deles não têm relação com o comportamento ou o orçamento do consumidor, mas com o cenário em que se está vivendo.

A crise financeira global, por exemplo, deixou os recursos destinados ao crédito mais escassos. Com menos dinheiro para emprestar, o custo do dinheiro ficou mais caro. Por isso, o cuidado ao tomar o crédito deve ser redobrado.

Cinco dicas
Para ajudar quem pretende tomar um empréstimo, a professora de Finanças listou cinco dicas que considera básicas e que são as orientações "do momento". Confira abaixo:
  1. A primeira coisa que a pessoa tem de fazer é uma planilha, para verificar se as parcelas do empréstimo cabem no orçamento. "Nunca pode ter dívidas que comprometam acima de 30% de seus ganhos líquidos, a não ser que seu salário seja só para seus gastos, como no caso das pessoas que moram com os pais, o que não é a realidade da maior parcela da população".
     
  2. Em segundo lugar, saiba que não adianta só olhar as parcelas. É preciso analisar as taxas de juros e o melhor é que isso seja feito em pelo menos três bancos. "O mercado vive de barganha e, se a pessoa não procura taxas diferentes, a chance de levar uma taxa de juros ruim é grande". Fique atento e questione sempre qual o CET (Custo Efetivo Total) do crédito.
     
  3. A terceira dica é tomar o empréstimo no menor prazo possível, pois a forma como a taxa de juros é cobrada penaliza quem paga no longo prazo, que às vezes acaba arcando com mais de um produto, quando quita tudo.
     
  4. Um quarto cuidado que deve ser tomado é o de pegar emprestado somente o que precisa. Muitos bancos, na hora em que a pessoa vai pedir o empréstimo, acabam oferecendo mais ou dizendo que a pessoa tem direito a mais. "Se tem crédito a mais, ótimo, mas só use aquilo que precisa, para poder usar o restante no futuro".
     
  5. A quinta dica dada por Myriam é que o consumidor não se iluda com as taxas de juros baixas do empréstimo consignado. Apesar de esta ser uma vantagem inquestionável do tipo de crédito, é bom saber que, por ser descontado em folha de pagamento, sua renegociação fica mais complicada. Por isso, tome-o somente se estiver dentro de seu planejamento e não porque é um dinheiro mais barato, quando comparado com outras modalidades de crédito.
Momento
A principal orientação que a professora da FGV dá, nesse momento de crise, é que a pessoa evite tomar empréstimos para a compra de produtos supérfluos, "porque não se sabe o que vem pela frente em 2009 e 2010". Nesse momento, tomar emprestado o que não é essencial é uma manobra arriscada.


 
Referência: InfoMoney
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :