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Carreira / Emprego - Meu gerente ajuda, surpreende ou atrapalha? E eu, o que faço? 

Data: 20/07/2009

 
 

O desejo de crescer continuamente e de se manter em constante atualização são atitudes de inúmeros profissionais que almejam novas oportunidades de trabalho, bem como, de gestores que impulsionam seus liderados a conquistar e superar novos desafios no ambiente organizacional. Delegar uma atividade para uma pessoa que não está preparada pode significar o "poder de mandar" e não o entendimento de estar dentro de um barco, remando juntos para mesma direção.

Não é possível supor a superação de uma meta anual que deixe de contemplar o relacionamento em equipe e a coerente troca de experiências entre o gerente e seus liderados. O aprimoramento das capacidades pessoais, a cooperação, a participação em constantes treinamentos, assim como o contínuo esforço em avaliar o desempenho profissional através das habilidades e competências oferece uma perspectiva de adequação com a cultura organizacional e com o ambiente de trabalho.

Há pessoas que, por falta de experiência, comentam com os demais colegas que, se promovidas à gerente, seriam diferentes e suas atitudes seriam muito melhores do que a do gestor atual. Você conhece alguém assim, que somente reclama do líder e nada faz para contribuir? O interessante é observar que, com o passar do tempo, esta mesma pessoa ao receber uma promoção não consegue realizar as atividades que antes havia prometido.

Diante da minha experiência na área comportamental, passei a perceber que o discurso está distante da prática. Isso porque, no passado, este mesmo funcionário não conhecia a fundo o planejamento estratégico da organização e somente pensava nos seus próprios interesses, esquecendo de avaliar os custos, os resultados e a performance de cada integrante da equipe de trabalho.

Fortalecer o desejo de surpreender e não de atrapalhar - Há profissionais que reclamam do mau humor do seu gestor, mas ao serem convidadas a ficar uma hora a mais na empresa para participar de uma reunião fazem uma aparência horrível. São pessoas que se esquecem de observar que quando saem da organização no horário habitual, inúmeras vezes o gerente fica trabalhando.

Há colaboradores que não precisam de um líder para explicar todos os dias as atividades que deve realizar, pois conta com iniciativa para pesquisar e avaliar seu próprio resultado. Entretanto, há outros que necessitam que alguém pegue pela mão e lhe diga exatamente o que fazer uma, duas, três vezes.

Há pessoas que contam com a gaveta do escritório em ordem e organizada, a pasta de trabalho com os documentos em perfeito estado de conservação. Todavia, há aquelas que se você necessitar de um documento precisa pedir com uma hora de antecedência, para que ela encontre no meio de tantos outros e como resposta, apresenta inúmeras desculpas.

Para fortalecer o desejo de surpreender é preciso ampliar as competências que englobam as habilidades profissionais e os conhecimentos técnicos. Ao desenvolver as competências, o profissional neste período contemporâneo amplia a capacidade de competir, superar desafios e permite fortalecer a aplicabilidade dos seus conhecimentos nas atividades realizadas, demonstrando através de suas ações o desejo de surpreender e não de atrapalhar.

Intensificar a ação de ajudar e controlar a vontade de não prejudicar - Há pessoas que no ambiente de trabalho são inseguras em compartilhar seus conhecimentos e não aceitam de maneira alguma sugestões de melhoria e opiniões construtivas sobre as atividades que desenvolve. Antes de intensificar o desejo de ajudar, pergunte se o colega de trabalho realmente deseja sua ajuda, pois há profissionais que criaram o hábito de realizar as atividades individualmente.

Como cada ser humano possui características próprias, antes de prejudicar, lembre que há pessoas que produzem muito mais sozinhas, do seu estilo e da sua maneira. Imagine que uma empresa é uma constelação de estrelas. Algumas pessoas brilham muito e outras não. Mesmo assim, estas estrelas que não apresentam um brilho intenso, possuem sua importância e fazem parte do contexto da missão, valores e metas. Mesmo não tendo um brilho constante, este astro tem a sua relevância para a organização.

Quando um gerente desenvolve na sua equipe o processo participativo, está estimulando gradativamente a comunicação e compartilhando inovações, evitando que as pessoas reproduzam o mesmo trabalho em diferentes setores da empresa. Delegar uma atividade exige, em um primeiro momento, o compromisso de observar se a pessoa está preparada para realizar determinada tarefa, bem como, se este profissional conta com tempo e motivação para cumprir o compromisso assumido.

Inúmeras pessoas almejam se tornar diretores, gerentes, supervisores ou ainda, abrir sua própria empresa, mas esquecem de preparar sua carreira. Uma árvore somente oferece excelentes frutos após um significativo tempo de vida e permanecendo em um terreno fértil. Se esta árvore estiver mal preparada, o primeiro vendaval certamente vai derrubá-la.

Antes de realizar alguma crítica sobre a organização onde trabalha e questionar se o gerente ajuda, surpreende ou atrapalha, pense primeiro se o seu comportamento e suas atitudes estão contribuindo para o fortalecimento do trabalho em equipe e para um harmonioso clima de trabalho. Qual é a sua resposta?



 
Referência: RH.com.br
Autor: Dalmir Sant Anna
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