Inadvertidamente, somos dominados por momentos que definem nossas relações com o
mundo, porém somos solícitos às situações que nos colocam como propulsores das
novas idéias; administradores na área do empreendedorismo; coletores das mais
diversas informações e “Ilustríssimos Senhores” ou quem sabe, “Excelência”,
quando somos ilustres na arte de fazermos parte de uma organização. Não existem
termos conotativos neste caso, pois o colaborador, reconhecido em seus talentos
e potencializado em seus conhecimentos, nada mais é que a intensidade adequada
para se alcançar o sucesso.
A organização é reduto de um ambiente saudável e inovador, à medida que
utiliza como primeira regra a “sabedoria” de como receber seu colaborador. As
concepções de que um breve relato da história da organização, com treinamentos
específicos sobre a área em que o profissional irá atuar, já são meramente
práticas, que no mínimo, deveriam ser consideradas “comuns e necessárias”. O
momento com repercussão ao estratégico, nos convida a sermos mais que óbvios, e
transformamos a chegada de um colaborador em um evento proposto à receptividade,
exposto a consciência de um contexto acolhedor que será delineado pela
capacitação e valorização de seus talentos.
Mais do que realizar atividades que nos dão prazer e satisfação, a idéia de
uma gestão eficaz precisa conter princípios de contribuição e colaboração
destinados a manter padrões de aprendizagem contínua no contexto organizacional.
A promoção de oportunidades só acontece quando existe valorização das
pessoas. As grandes disseminações dos negócios de uma organização apenas
prosperam quando o trabalho de cada colaborador é posicionado ao compasso de uma
política que transforma obrigação em desenvolvimento de habilidades;
monitoramentos, em perfis definidos; ou ainda, competências que passam de
simples domínios de conhecimento, para uma contextualização de novos valores e
atitudes.
Quando objetivamente pensamos que uma organização deve abrir as “portas” para
seus colaboradores, devemos nos lembrar que, enquanto indivíduos, não
reconhecemos contextos com pilares de crescimento, quando sugestionados a uma
idéia multifacetada de “jornada de atividades”. Mas, em contrapartida, quando
somos direcionados a um canal aberto de comunicação, trabalho em equipe,
integração, respeito e conduta ética, conseguimos compreender nossa organização,
como difusora de talentos versus excelência.
O título deste artigo deveria ser uma franquia múltipla promovida nos quatro
cantos do mundo. Pois, se o reconhecimento do talento humano contextualiza
projetos com visibilidade de grandes diferenciais no mercado, teríamos proposto
uma ação que efetivaria, por completo, a consciência de evolução e mobilidade
que devemos conceber, face às vertentes de um mercado que é detentor de uma
incalculável diversidade de talentos.
Que o convite a um condicionamento criativo e estratégico possa ser percebido
como o gerenciamento mais bem sucedido destes novos tempos. É muito mais fácil
administrarmos talentos solidificados, por diferenciais que lhe foram
atribuídos, do que conquistarmos equipes, que em vez de grandes idéias ou
desenvolvimento de novos métodos, passaram a maximizar os erros da organização,
pelo simples lapso de processos engessados.
O colaborador é parte da organização, quando desvinculado da idéia do “sempre
constante”. Não existem ações ditadas, mas sim planejadas; da mesma forma que
não existem talentos sustentáveis em organizações sem consciência da
flexibilidade, pois o que os promove e garante compromisso com resultados, é
exatamente o “movimento” que prevê novos desafios e novas responsabilidades.
Dar “movimento” à organização é substituir regras por estratégias; ambientes
sob constante pressão por ambientes descontraídos; cobrança de prazos em
otimização do tempo, lideranças autoritárias em tomadores de decisão influentes.
O “suficiente” já é muito pouco; mas caso ainda não tenham conseguido
detectar falhas, é fundamental que parem por um instante e olhem para as “vigas”
que sustentam suas organizações. Essas “vigas” não são seus departamentos, pois
neste caso estaríamos falando de um “todo”. Atente-se para a viga “colaborador”
- ser humano -, pois é ela que mapeará todas as necessidades de desenvolvimento
e sustentabilidade que sua organização possui.
Não comece pelas beiradas. Preste atenção à dinâmica de um gerenciamento, que
deve ser pautado na investigação de um resultado que só acontecerá mediante
ações focalizadas e de mútuo enriquecimento.