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Ações / Bolsa de Valores - Não precisa fugir das ações: estratégia defensiva limita risco da Bolsa, não potencial 

Data: 12/09/2008

 
 

Com juro básico em alta e Bolsa sofrendo com as baixas, muito se questiona sobre a fuga da combinação entre risco com possibilidade de maior retorno das ações para a segurança proporcionada pela renda fixa.

Para tomar sua decisão, o investidor deve ter uma estratégia bem definida sobre suas possibilidades, necessidades e, principalmente, perfil. Aos mais cautelosos e avessos ao risco, a poupança ou o investimento em algum título de renda fixa pode ser a melhor opção. Mas vai de cada um.

É importante destacar, porém, que não é preciso mudar da 'água para o vinho'. Fechar todas as posições em ações a cada tendência de baixa que se vê pela frente pode ser a decisão mais precipitada. Pode ignorar um potencial de recuperação, ou realizar prejuízo.

Algumas estratégias mais defensivas em ações podem render ótimos frutos ao acionista, e claro, com risco minimizado. Há empresas que apresentam menor exposição aos solavancos da economia internacional, e menor volatilidade em seus papéis. Outra boa opção é buscar um ativo com bom histórico de dividendos.

A "proteção" dos dividendos
Tradicionalmente, as companhias do setor elétrico acompanham um teor de investimento defensivo, pela menor elasticidade da demanda por seus serviços e por serem reconhecidas como boas pagadoras de dividendos. Mas é apenas um exemplo entre um emaranhado de setores que a Bolsa oferece.

O primeiro ponto vem da distribuição de proventos. Um dividendo ou juro sobre o capital próprio nada mais é que a quantia a que o investidor tem direito nos ganhos da empresa a qual é acionista. É a sua fatia dos lucros.

No caso da escolha entre ações e renda fixa, por exemplo, uma ação boa pagadora de dividendos pode ser o "meio-termo" ideal. O investidor deve ficar atento aos dividend yields - que medem o valor do provento por ação como uma proporção do preço da ação - de cada papel. Algumas ações oferecem em dividendos o que investimentos como a poupança promete, exatamente por relacionarem dividend yield semelhante às taxas de juro.

Apesar da tendência de alta da Selic, o atual patamar do juro básico brasileiro, de 13% ao ano, ainda é inferior ao que alguns papéis podem pagar via proventos. Um bom exemplo é a ação da Transmissão Paulista. A companhia distribuiu mais de 76% de seu lucro no ano passado, com dividend yield de 14,23%.

Limites ao risco
Estratégias defensivas também podem relacionar a própria escolha da ação. Uma companhia de fundamentos sólidos sempre é bem vinda, e melhor quando apresenta grande volume de negócios. Liquidez é essencial, ainda mais nos períodos em que pode ser mais difícil vender uma aplicação.

Outra questão que pode ser levada em conta é a estrutura das receitas da empresa em questão. A crise atual dos mercados encontra nos problemas da economia norte-americana seu alicerce. Companhias com menor exposição à demanda externa já eliminam parte do problema, tendem a sofrer menos em seus balanços trimestrais. Aquelas com receita menos vulnerável a oscilações econômicas, como é o caso das prestadoras de serviços básicos, também costumam sofrer menos com a volatilidade nos mercados.

Diversificação esquecida
Uma decisão em período conturbado muitas vezes restringe os olhos do investidor a uma ou outra opção.

Mas uma questão essencial e muitas vezes esquecida é que diversificação ainda pode ser o melhor negócio. A combinação renda fixa com renda variável também guarda alguns atrativos, pois limita o risco e ainda reserva a chance do "melhor retorno".



 
Referência: -
Aprenda mais !!!
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