Investimentos / Fundos - Antes de investir, avalie os encargos e como eles interferem nos ganhos 

Na hora de investir, algumas variáveis devem ser levadas em consideração pelo investidor, com o objetivo de atingir a meta desejada. Entre elas está o retorno do investimento, ou seja, quanto espera receber na hora do resgate da aplicação.

No entanto, no momento de definir qual a aplicação ideal para seus objetivos, avaliando, também, valor disponível, prazo e risco, é preciso ficar atento aos encargos cobrados sobre a operação, que podem fazer bastante diferença no momento do resgate.

Encargos
Além da rentabilidade prometida pela instituição, é preciso avaliar taxas, tarifas e impostos que são cobrados, para chegar, realmente, na rentabilidade líquida efetiva da operação, ou seja, em seus ganhos já descontados todos os encargos.

Esses encargos podem ser cobrados pela instituição (em forma de taxa de abertura de crédito, tarifas de cobrança, taxas de contrato etc.) ou pelo Governo (como o imposto de renda, por exemplo).

Vale destacar que, para definir a rentabilidade líquida efetiva, é necessário considerar qual é o momento da cobrança de determinado encargo: na hora da aplicação, no momento do resgate ou, ainda, na hora dos aportes.

Na ponta do lápis
Vamos imaginar que uma instituição financeira anuncie uma aplicação com taxa de 2% ao mês. Se o prazo da operação for de 24 meses e o investidor tiver R$ 5.000,00 disponíveis, é possível imaginar que, sem considerar a inflação do período, o investidor tenha, ao final do prazo contratado, um montante de R$ 8.042,19.

Na data do resgate, no entanto, é descontado o imposto de renda à alíquota de 20% sobre o ganho nominal obtido (os juros gerados na aplicação). Qual seria a rentabilidade líquida efetiva desta aplicação?

Faça as contas:

Se a aplicação foi de R$ 5.000,00 e ao final o montante é de R$ 8.042,19, o ganho nominal obtido foi de R$ 3.042,19 (R$ 8.042,19 - R$ 5.000,00). Como o investidor teria que pagar, na hora do resgate, o IR sobre esse ganho, ou seja, 20% de R$ 3.042,19, o dinheiro disponível no momento do resgate seria, líquido do imposto de renda, R$ 7.433,75. Assim, é possível afirmar que a rentabilidade líquida efetiva desta operação seria de 1,67%.

O exemplo acima considera apenas a incidência do IR, mas já é possível verificar a diferença nos ganhos. Fique atento a esses descontos na hora de escolher seus investimentos e, principalmente, na hora de planejar o que fazer com os ganhos.