Investimentos / Fundos - Hormônios x investimentos: quando o próprio corpo estimula seu apetite ao risco
Conservador, moderado ou agressivo? Antes de iniciar qualquer investimento, é
comum que a pessoa se depare com essa questão, que irá determinar qual é a
melhor aplicação de acordo com seu perfil de risco.
Normalmente, o perfil de risco do investidor deve levar em consideração seu
objetivo ao investir, o retorno esperado, quanto tempo tem disponível para
deixar o dinheiro aplicado etc. No entanto, pesquisas têm ido mais além nesta
questão, procurando provar como o próprio corpo humano e suas funções podem
produzir substâncias que elevam o apetite de risco do investidor.
Testosterona x investimentos
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram que
investidores com alto nível de testosterona - principal hormônio sexual
masculino - pela manhã, ficam mais predispostos ao risco durante o dia.
De acordo com os cientistas, essa ligação pode ser justificada porque a
testosterona aumenta a confiança e o apetite ao risco, qualidades que estimulam
o investidor que tem boas expectativas de retorno.
Por outro lado, segundo os estudiosos, com a pesquisa, foi possível avaliar
também por que os operadores de mercado demoram a ter reações racionais diante
de bolhas especulativas ou quebras, ampliando as crises financeiras.
"O alto nível de testosterona aumenta o apetite ao risco dos investidores. No
entanto, o nível exagerado do hormônio no organismo, como pode ocorrer em
períodos mais tensos, pode tornar o gosto pelo risco obsessivo", afirmou John
Coates, um dos autores do estudo.
Mulheres x hormônios
Além de questões culturais e sociais, de acordo com a especialista em finanças,
Eliana Bussinger, as mulheres são diferentes dos homens, quando lidam com o
dinheiro, por causa dos hormônios.
A economista afirma que, dependendo da quantidade de determinado hormônio no seu
organismo, a mulher investe ou não, de maneira mais arriscada ou moderada. Esta
proporção é definida de acordo com sua idade e com o tempo que tem para
recuperar a perda, caso o investimento não dê certo.
|