Economizar / Poupar - Conta de luz: veja os mitos sobre o uso de lâmpadas que economizam energia
Nada mais do que a redução do consumo de energia sem perdas de conforto e
qualidade, a eficiência energética é apontada por especialistas como o melhor
caminho para os consumidores enfrentarem um possível racionamento do recurso.
Uma das alternativas para alcançar a eficiência é usar as lâmpadas
economizadoras de energia, cujo uso é desestimulado pela existência de alguns
mitos.
O assunto é importante diante de um cenário de discussão sobre o fato de a
produção de energia não conseguir acompanhar o crescimento da economia
brasileira. "O governo parece que não quer admitir que há riscos de
racionamento, apesar da utilização cada vez maior das termelétricas", disse o
presidente do Conselho para Assuntos de Energia da Fecomercio-SP (Federação do
Comércio do Estado de São Paulo), Oscar Pimentel.
De acordo com o professor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, o aumento
do consumo de energia depende do crescimento econômico. "Na minha opinião, um
crescimento de 6% no consumo de energia elétrica nos próximos anos não é nenhum
exagero".
Racionamento...ou não?
Para o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman,
não é impossível que ocorra um racionamento de energia, mas é pouco provável que
ele ocorra ainda este ano. Em contraposição, o presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, e o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner,
disseram que não há risco nenhum de racionamento, porque todas as providências
para evitá-lo já foram tomadas.
Em meio a essas discussões, o melhor que o consumidor deve fazer é economizar
energia, o que, além de minimizar os riscos de racionamento, ainda significa
redução na despesa com a conta de luz. Para isso, um primeiro passo é
desmistificar o uso de lâmpadas economizadoras de energia. A empresa Osram, que
fabrica o produto, explica os mitos sobre as lâmpadas fluorescentes compactas
eletrônicas:
- Demoram muito tempo para atingir a capacidade máxima: a afirmação
não se aplica às lâmpadas que economizam energia, patenteadas com a
tecnologia Quick Start, que assegura que os rápidos acendimentos desenvolvam
duas vezes mais luz do que quando são ligadas em interruptores comuns. A
associação de consumidores da Alemanha testou essas lâmpadas e mostrou que
alcançam a capacidade máxima em curto período de tempo;
- São mais caras que as lâmpadas comuns: o preço da lâmpada comum é
certamente mais baixo do que a energy saving, mas como a segunda consome
menos energia, acaba sendo mais barata no longo prazo. Uma lâmpada comum de
100 W custa R$ 2,00, enquanto que a energy saving, com brilho semelhante (20
W), custa até R$ 9,00. As lâmpadas que economizam energia ainda têm vida
útil maior, de 15 mil horas, enquanto as demais têm apenas mil horas;
- São todas tubulares: as lâmpadas foram desenvolvidas neste
formato, quando surgiram, há 22 anos, mas já podem ser encontradas em
diferentes modelos e tamanhos;
- Não se encaixam em luminárias: existem formatos que são
exatamente como os das lâmpadas incandescentes e até no formato espiral,
permitindo o uso em espaçosmais compactos;
- Devem ficar ligadas a todo o momento algumas pessoas pensam que,
desta forma, gastarão menos energia do que ligar e desligar. A vida útil
está mesmo relacionada ao ligar e desligar, mas se forem feitos até oito
vezes ao dia, ela alcançará a vida útil projetada;
- Cintilam: o sistema de operação da lâmpada impede que isso
ocorra, portanto não cintilam.
Economia na conta de luz
Com o uso de lâmpadas fluorescentes o consumidor pode economizar até
80% do que gastaria com a incandescente, segundo simulação* da
empresa fabricante de lâmpadas fluorescentes Osram. Os dados mostram que, em uma
casa com 10 lâmpadas, a incandescente de 100 W consome 1.012,6 KWh, enquanto que
a do outro modelo de 20 W consome 202,5 KWh em um ano.
O valor gasto em um ano, neste caso, seria de R$ 423,62 com a incandescente e de
R$ 128,88 com a fluorescente, o que gera uma economia de R$ 294,74, ou 70%. Se
considerado o uso em três anos, o valor poupado sobe para R$ 958,94, com
economia de quase 80% na conta de luz. A tarifa de energia considerada foi de R$
0,40.
* Dados coletados do endereço da Osram na internet http://br.osram.info/download_center/calculadora_consumo.htm#
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