Carreira / Emprego - Roubo de dados; como profissional pode evitar situação?
No início deste mês, a Petrobras foi alvo de roubo de dados, confirmado pela
empresa no dia 14 de fevereiro. A notícia trouxe à tona uma discussão muito
importante no mundo corporativo: o vazamento de informações, questão complexa,
porque envolve as estratégias de uma empresa e ética profissional.
De acordo com o consultor do IDORT-SP, David Carlessi, o que acontece hoje é que
os profissionais mantêm muito contato com as informações de uma empresa, que
podem estar diretamente ligadas à estratégia. Por isso, em algumas organizações,
quando o indivíduo é contratado, assina um contrato em que é prometido sigilo.
O contrato, porém, esbarra no fato de o profissional ter absorvido tudo o que
aprendeu na empresa. "O conhecimento que adquire é seu e você leva-o implícito
para o outro emprego". Por isso, existem pessoas que são vistas como um
diferencial de mercado, porque possuem informações estratégicas, e é para
encontrá-las que existe o headhunter.
Profissional deve ter cuidado
Um comentário inocente que deixa vazar. Um papel na mesa com dados confidenciais
que cai nas mãos erradas. Um prestador de serviço que analisa os processos e
passa as informações para o concorrente. Quando você menos espera, uma atitude
simples acaba por resultar em vazamento de informação.
"Em algumas empresas, se você sai para almoçar e deixa uma gaveta aberta é
punido, porque a informação confidencial pode ser encontrada", afirmou Carlessi.
Por isso, veja algumas dicas para evitar a situação:
- bloqueie o computador, quando sair para o almoço;
- guarde adequadamente os papéis;
- tire você mesmo xerox de documentos importantes;
- em reuniões, cuidado com as pessoas que entram (copeiros, funcionários).
Elas podem ouvir trechos da conversa e fazer interpretações erradas;
- crie níveis de acesso à informação;
- quando conversar, cuidado com quem está próximo;
- mesmo na informalidade (happy hour, festa da empresa), tome cuidado com
o que fala;
- cuidado com o descarte de papéis.
Ainda de acordo com Carlessi, as pessoas têm uma noção bastante intuitiva do que
é ético ou não, principalmente quando estão passando informações, e devem usar
deste sentido, quando forem conversar com outra pessoa. "É ético quando a
informação que passa não vai criar problemas para você nem para a empresa com
que está lidando", afirmou, de maneira simplificada.
Ele ainda disse que a empresa tem de conscientizar todos os empregados, dizer as
regras éticas, desde os cargos mais baixos até os mais altos. "Porque muitas
empresas não deixam claro o que acham ser ético".
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