Turismo / Viagens - Viagem de férias: cuidado com os preços da alta temporada!
Com a proximidade do fim do ano e a chegada das férias escolares, muitas pessoas
querem viajar para aproveitar os dias de folga. No entanto, os meses de
dezembro, janeiro e fevereiro são considerados alta temporada para o turismo, o
que significa preços inflados nos pacotes, passagens aéreas, hospedagem,
alimentação e todos os gastos envolvidos em uma viagem.
"Viajar na baixa temporada é sempre mais vantajoso em razão dos preços, mas nem
todos tem essa possibilidade. Por isso, planejar as férias de verão é algo que
deve ser feito durante todo o ano", afirma a coordenadora institucional da Pro
Teste, Maria Inês Dolci.
Ela afirma que, com planejamento, é possível encontrar preços menores. "Quem
procura uma agência de viagem meses antes da chegada das férias consegue
encontrar pacotes mais em contas e descobrir destinos que não têm seus preços
muito elevados nesse período do ano. Além disso, quanto mais próximo das férias,
menor a quantidade de vagas - tanto nos hotéis, quanto nos vôos - e isso também
encarece demais os valores", alerta.
Dinheiro
A coordenadora afirma ainda que com planejamento é mais fácil fazer uma reserva
para cobrir os gastos das férias. "Se as pessoas começarem a planejar sua viagem
de férias durante o ano, ela pode ir juntando um pouquinho da sua verba mensal
para esta finalidade. Assim, além dela ter dinheiro para aproveitar os dias de
folga, ela pode tentar barganhar os preços ao oferecer pagamento à vista".
Para quem não tem dinheiro, Maria Inês aconselha a busca por programas
gratuitos. "A falta de dinheiro não deve ser desculpa para que as pessoas não se
divirtam nas férias. Férias não é apenas uma viagem para o exterior, ou passeios
caros pelo Brasil. Hoje, a maioria das cidades do País promovem uma série de
atividades de baixo custo e até gratuitas e grande parte delas ainda são
culturais. E não há nada melhor do que se divertir e adquirir cultura sem gastar
dinheiro. Basta pesquisar bem a programação local".
Cuidados
Para os que pretendem comprar pacotes de viagem em agências de turismo, o Procon
orienta sobre alguns cuidados que precisam ser observados antes do fechamento do
pacote, para que a diversão não acabe em frustração. Confira:
Procure referências sobra a agência e a operadora turística;
Verifique se o fornecedor está cadastrado na Embratur e consulte o Cadastro
de Empresas Reclamadas do Procon;
Compare preços oferecidos, analisando duração, localidade, tipo de
transporte, alimentação, passeios e hospedagem. É muito importante avaliar as
despesas inclusas e, principalmente, as que não estão incluídas;
Não assine documentos que não estejam totalmente preenchidos e risque os
espaços em branco;
Guarde uma via datada e assinada do contrato;
Cheque detalhadamente as informações do contrato, condições do pacote,
formas de pagamento, hotel, tipo de acomodação, categoria das passagens, taxas
extras, roteiros e número de refeições;
Compare o preço à vista e o total a prazo. Em caso de financiamento, observe
a taxa de juros empregada, o número e o vencimento das parcelas. Os valores
devem estar em moeda nacional corrente.
Dicas
Exija previamente da agência as passagens com datas de saída e chegada, os
comprovantes de reservas em hotéis e os recibos identificando os pagamentos;
Informe-se sobra a quantidade de bagagem que pode ser embarcada
gratuitamente e procure saber sobre o custo no caso de eventual excesso de
bagagem;
Antes do embarque, faça a declaração de bens na Polícia Federal, assim será
mais fácil provar o que tinha dentro da mala em caso de extravio de bagagem.
Direitos e deveres
O Procon informa ainda que, caso a agência de turismo cancele a viagem, ela terá
que restituir integralmente o valor pago, corrigido monetariamente, além de
pagar indenizações para eventuais perdas e danos.
Além disso, a má prestação de serviços, alterações em roteiros sem concordância
prévia, são descumprimento de contrato e o consumidor pode exigir indenização.
Agora, quando o cancelamento partir do consumidor, ele deverá fazer a
comunicação da desistência por escrito. Neste caso, o agente de turismo poderá
reter percentuais relativos a despesas administrativas ou cobrar multa prevista
em contrato.
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