Como investir na bolsa? Essa é, provavelmente, a pergunta que ronda a mente
daqueles que buscam outras fontes de renda além de seu trabalho e estão
assistindo, passivamente, à recente escalada do Ibovespa, sem coragem (ou
melhor, segurança) de participar da "festa" por desconhecer o mercado de renda
variável.
Pois bem, segue então uma breve introdução de como começar a ganhar (e
possivelmente também perder) dinheiro com o mercado de ações. Mas não se
assuste: no mercado, a coisa funciona assim mesmo, para que uns ganhem, outros
perdem. O importante é, portanto, auferir mais ganhos do que perdas e, para
isso, a definição de estratégias pode ajudar (mas este é um assunto a ser
tratado depois de dados os passos iniciais).
O primeiro passo
Qualquer pessoa pode investir no mercado de ações? Sim, qualquer pessoa
portadora de um CPF pode participar das negociações na Bolsa de Valores de São
Paulo, (ou qualquer outra Bolsa do mundo - sem restrições ao capital
estrangeiro, é claro - desde que tenha dinheiro para isso).
Dito isto, o primeiro passo para investir em ações é abrir uma conta em uma
corretora, a instituição que comprará e venderá as ações para você. Além de a
corretora permitir acesso ao mundo dos negócios com ações, geralmente elas
possuem analistas qualificados para assessorar o investidor na hora da tomada de
decisão. Este critério é importante, sobretudo, para os novatos.
"Com quanto começo?" Com quanto você quiser
Uma preocupação freqüente daqueles que ainda estão de fora do mercado é o valor
inicial para o investimento. Diferente de fundos ou clubes de investimentos ou
outras formas de aplicações que requerem um determinado montante inicial, não
existe um valor mínimo para começar a investir na Bolsa.
O montante dependerá, desta forma, do preço das ações que o investidor deseja
comprar e da corretora escolhida, uma vez que o preço da corretagem (taxa
cobrada, que pode ser fixa ou variável, a cada negociação realizada) varia de
corretora para corretora.
Sobre os negócios também são cobrados emolumentos, mas seu valor é relativamente
pequeno em relação ao montante negociado (no mercado à vista, este é de apenas
0,035% sobre o valor negociado).
É claro que não se pode perder de vista que quanto mais dinheiro você alocar em
ações mais dinheiro você poderá ganhar (ou perder), ou seja, uma quantia muito
pequena, mesmo que sob grandes variações, não lhe trará rendimentos em termos
absolutos muito elevados. Para contornar essa situação, existem os clubes de
investimentos, em que, resumidamente, o investidor junta seu dinheiro com o de
outros para elevar o montante investido.
Todavia, é sempre importante lembrar que o mercado de renda variável pode gerar
perdas aos investidores, de forma que é aconselhável que o montante alocado não
seja, por exemplo, o dinheiro do leitinho das crianças.
Efetuando as ordens
De volta aos procedimentos operacionais, uma vez definida a corretora e o
montante a ser aplicado, a dúvida que geralmente surge é como efetuar os
negócios. Bem, neste caso existem duas opções: ligar para a corretora para fazer
os pedidos de compra e/ou venda de ações ou utilizar o chamado Home Broker.
Na primeira opção você telefona para a corretora, dá as informações para que o
operador possa efetuar seu pedido, isto é, a ação a ser comprada ou vendida, o
preço determinado para a compra ou a venda e o montante em dinheiro ou
quantidade de ações a serem adquiridas ou vendidas.
Já a segunda opção consiste num sistema que permite ao investidor comprar e
vender ações pela internet, diretamente por um programa disponibilizado pela
corretora e sem a intermediação direta da corretora. Ao escolher a corretora, se
estiver interessado em negociar ações pela internet - prática amplamente
difundida entre investidores não-institucionais -, atente a corretoras que
disponham do sistema de Home Broker da Bovespa.
Mas tudo isso é só uma parte do começo
Pronto! Se o problema é saber por onde começar, inicie pelas informações acima,
mas lembre-se de que este é, talvez, parte do mínimo para começar a investir na
bolsa.
Acompanhar o mercado de ações, o noticiário corporativo, conhecer a situação das
empresas que pretende investir, as diversas análises disponíveis sobre as ações
da Bovespa, acompanhar o cenário econômico interno e externo (que exercem grande
influência sobre as ações), conhecer e definir estratégias são outros aspectos
importantes para se sair bem no mercado de ações.
À primeira vista, pode parecer complicado, mas não desanime, com um pouco de
tempo e alguma dedicação, sobretudo em cenários favoráveis como o atual, é
possível se sair bem.