Dívidas / Endividado ? - Economista dá dicas para evitar alto endividamento
Andar em qualquer centro comercial lotado de promoções pode ser uma armadilha
para quem não consegue se controlar diante da atração dos descontos. Longe da
matemática complicada dos contadores, a questão parece bem fácil: compro porque
preciso ou compro apenas porque quero comprar? Esta foi a pergunta respondida
ontem pela manhã durante a palestra ‘‘Finanças Pessoais’’, ministrada pelo
economista Marcos Alves e promovida pela Secretaria Estadual de Administração e
Recursos Humanos (Searh). O objetivo foi mostrar aos interessados que algumas
medidas aparentemente simples podem ser a solução para muitos dos problemas
financeiros enfrentados.
Números revelam a dificuldade dos brasileiros em se manterem longe das dívidas.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticda (IBGE),
85% das famílias brasileiras gastam mais do ganham todos os meses. No Rio Grande
do Norte, o Banco do Brasil registra 105 mil contratos ativos de crédito
consignado o que representa quase 20% dos 546 mil clientes físicos da
instituição. Este tipo de contrato, se não for feito de maneira bem pensada, é
uma das grandes fontes de dívidas. O resultado - depois de diversas subtrações
no rendimento mensal -é o descontrole financeiro, apontado por especialistas
como o principal responsável pelas separações e divórcios, e até acidentes de
trabalho.
O economista Marcos Alves acredita que o problema surge na falta de educação
financeira das pessoas que não fazem um planejamento no momento de gastar. ‘‘A
família pode ser considerada uma empresa social de grande relevância. O que
falta é diálogo, porque é preciso a compreensão de todos os atores participantes
da família para evitar o desarranjo econômico’’. Alves acrescenta que os adultos
de hoje não foram ensinados a pensar economicamente, evitando o descontrole.
‘‘As pessoas não compram porque necessitam, mas porque querem o produto. Por
isso, precisamos ensinar às gerações futuras, desde cedo, a administrar o seu
dinheiro’’.
Durante a palestra, realizada no auditório da Emater, o economista ofereceu
conselhos para aumentar a renda como procurar um terceiro expediente de
trabalho, transformando habilidades pessoais em um empreendimento. Ele cita
exemplos simples, como pessoas que gostam de pintar, tocar um instrumento ou até
mesmo cozinhar que fazem destes hobbies um pequeno negócio. Outra sugestão para
os endividadeos é cortar gastos supérfluos: a TV a Cabo, o celular e o carro.
Além disso, ele alerta para as ofertas de crédito feitas por financeiras
visando, principalmente, funcionários públicos. ‘‘Os juros são altíssimos
enquanto a financeira tem risco zero no lucro já que os servidores têm
estabilidade no emprego’’.
Referência:
diariodenatal.dnonline.com.br
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