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Dívidas / Endividado ? - Economista dá dicas para evitar alto endividamento 

Data: 06/08/2007

 
 

Andar em qualquer centro comercial lotado de promoções pode ser uma armadilha para quem não consegue se controlar diante da atração dos descontos. Longe da matemática complicada dos contadores, a questão parece bem fácil: compro porque preciso ou compro apenas porque quero comprar? Esta foi a pergunta respondida ontem pela manhã durante a palestra ‘‘Finanças Pessoais’’, ministrada pelo economista Marcos Alves e promovida pela Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos (Searh). O objetivo foi mostrar aos interessados que algumas medidas aparentemente simples podem ser a solução para muitos dos problemas financeiros enfrentados.

Números revelam a dificuldade dos brasileiros em se manterem longe das dívidas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticda (IBGE), 85% das famílias brasileiras gastam mais do ganham todos os meses. No Rio Grande do Norte, o Banco do Brasil registra 105 mil contratos ativos de crédito consignado o que representa quase 20% dos 546 mil clientes físicos da instituição. Este tipo de contrato, se não for feito de maneira bem pensada, é uma das grandes fontes de dívidas. O resultado - depois de diversas subtrações no rendimento mensal -é o descontrole financeiro, apontado por especialistas como o principal responsável pelas separações e divórcios, e até acidentes de trabalho.

O economista Marcos Alves acredita que o problema surge na falta de educação financeira das pessoas que não fazem um planejamento no momento de gastar. ‘‘A família pode ser considerada uma empresa social de grande relevância. O que falta é diálogo, porque é preciso a compreensão de todos os atores participantes da família para evitar o desarranjo econômico’’. Alves acrescenta que os adultos de hoje não foram ensinados a pensar economicamente, evitando o descontrole. ‘‘As pessoas não compram porque necessitam, mas porque querem o produto. Por isso, precisamos ensinar às gerações futuras, desde cedo, a administrar o seu dinheiro’’.

Durante a palestra, realizada no auditório da Emater, o economista ofereceu conselhos para aumentar a renda como procurar um terceiro expediente de trabalho, transformando habilidades pessoais em um empreendimento. Ele cita exemplos simples, como pessoas que gostam de pintar, tocar um instrumento ou até mesmo cozinhar que fazem destes hobbies um pequeno negócio. Outra sugestão para os endividadeos é cortar gastos supérfluos: a TV a Cabo, o celular e o carro. Além disso, ele alerta para as ofertas de crédito feitas por financeiras visando, principalmente, funcionários públicos. ‘‘Os juros são altíssimos enquanto a financeira tem risco zero no lucro já que os servidores têm estabilidade no emprego’’.



 
Referência: diariodenatal.dnonline.com.br
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