Filhos - Crianças são consumidoras ativas e, muitas vezes, compram sozinhas
O Cartoon Network divulgou os resultados da pesquisa Kids Experts realizada
entre 2004 e 2006, para desvendar o universo - hábitos de consumo, uso de novas
tecnologias, expectativas sobre o futuro - de 1.200 crianças entre 6 e 11 anos.
Entre as constatações, o estudo revelou que as crianças não só influenciam os
pais na hora de consumir, como também já são consumidoras ativas e, muitas
vezes, gastam o próprio dinheiro.
Do total de meninos entrevistados, 43% responderam que são consumidores diretos,
mas que compram com o dinheiro dos pais ou parentes; 39% compram o que desejam
com o dinheiro que ganham de mesada; e 18% pedem as coisas que gostariam de ter,
ou seja, são consumidores indiretos.
Entre as meninas, a realidade não é tão diferente: 46% compram com dinheiro de
terceiros, 35% com a própria mesada e 19% são consumidoras indiretas.
Consumo x Idade
A pesquisa também analisou como as crianças se comportam na hora de consumir,
conforme os anos vão passando.
Entre as crianças de 6 e 7 anos, a maioria (49%) é consumidora direta, com o
dinheiro dos pais; 3% delas fazem compras com o próprio dinheiro; e 21% apenas
pedem, influenciando as compras dos pais.
Dos 8 aos 9 anos, o número de crianças que compram com o próprio dinheiro cresce
para 29%, mas ainda não ultrapassa o número das que compram com o dinheiro dos
pais, que é 42% delas. Nesta idade, os consumidores indiretos são 19%.
Dos 10 aos 11 anos, as crianças ficam mais independentes e o número das que
compram com o próprio dinheiro empata com as que compram com o dinheiro dos
pais, em 42%. Nesta idade, apenas 16% são consumidoras indiretas.
Nível socioeconômico
Aos analisar as crianças de diferentes classes sociais, o estudo revelou que as
crianças de nível socioeconômico alto e médio são as que mais compram com o
dinheiro da própria mesada, enquanto o número de crianças que pedem as coisas, é
maior entre os níveis médio-baixo e baixo.
Para se ter uma idéia, 48% das crianças de classe média compram com a própria
mesada, seguidas pelas de classe alta (44%), de classe média-baixa (37%) e de
classe baixa (33%).
Entre as crianças que pedem as coisas que gostariam de ter, as de classe baixa
aparecem em primeiro lugar, com 22%, seguidas pelas de classe média-baixa, com
18%, classe média, com 11%, e classe alta, com 10%.
Com o que gastam?
As 1.200 crianças entrevistadas também foram questionadas sobre quais são as
coisas em que mais gastam dinheiro. Guloseimas, salgadinhos e sorvetes foram as
mais citadas. Confira a tabela dos produtos consumidos:
Gastos |
% |
Guloseimas (doces) |
73% |
Salgadinhos |
47% |
Sorvetes |
44% |
Bebidas |
29% |
Brinquedos e jogos |
23% |
Outras coisas |
16% |
Roupas e Acessórios |
14% |
Videogames |
13% |
Música |
9% |
Leitura |
7% |
Na hora de comprar
Em uma segunda etapa da pesquisa, meninos e meninas de 6 e 7 anos e de 10 e 11
anos foram observados em um momento de compra. Cada um deles recebeu R$ 200 e
deveria comprar objetos de três diferentes temas: brinquedo, roupa e tecnologia.
As crianças - que podiam escolher as lojas onde queriam comprar - levaram, em
média, 72 minutos para finalizar o processo para buscar, escolher e adequar os
produtos de tecnologia selecionados ao orçamento. Mas os meninos escolheram os
produtos de tecnologia bem mais rápido do que as meninas.
Nos outros itens, os meninos se dispersaram mais e demonstraram interesse em ter
o dobro da quantidade de itens cobiçados pelas meninas. Elas, por sua vez, iam
direto ao que queriam.
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