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Negócios / Empreendedorismo - Capital de giro, como funciona 

Data: 26/06/2007

 
 

Introdução

Ao abrir um negócio, você precisa de dinheiro para transformá-lo em realidade. Você precisa de dinheiro para alugar ou comprar o local, para mobília, equipamentos e suprimentos, para pagar profissionais como advogados e contadores e também para continuar a pesquisa e o desenvolvimento do seu produto ou serviço. Você também pode precisar de dinheiro para pagar funcionários. Há vários lugares onde se pode conseguir o montante que um novo negócio precisa, mas antes é preciso pensar sobre que tipo de financiamento será melhor para você e sua empresa.

 


Ao financiar o capital do seu empreendimento,
é preciso decidir entre capital de débito ou capital próprio
 

Neste artigo, vamos ajudar você a decidir o que é melhor para a sua empresa e dar dicas sobre como conseguir o financiamento de que precisa para iniciar os seus negócios. Primeiro vamos dar uma olhada nos tipos de capital entre os quais você tem de decidir.

Necessidades de capital

Em todas as etapas da vida da sua empresa podem surgir necessidades financeiras que exigem financiamento externo, como os que demonstraremos nesta seção. 
  • Capital inicial: é o dinheiro que você precisa para fazer as pesquisas e planejamentos iniciais do seu negócio.
  • Capital de giro: é o financiamento que o ajudará a pagar os equipamentos, aluguel, suprimentos, etc., durante o primeiro (ou primeiros) anos de operação.
  • Capital mezanino: também conhecido como capital de expansão, é o financiamento que ajudará sua empresa a crescer, comprar equipamentos maiores e melhores ou mudar para um local maior.
  • Capital ponte: como fica implícito no nome, faz a ponte entre o seu financiamento atual e o próximo nível de financiamento.
     

 

Cada um deles tem um papel importante no crescimento da sua empresa em várias etapas. Neste artigo, vamos dar enfoque ao capital de giro. Você vai precisar de alguns fundos enquanto o seu negócio está se estabelecendo para cobrir despesas com: 

  • folha de pagamento e despesas periféricas (para você e funcionários);
  • serviços públicos (telefone, energia, serviços de Internet/comunicações, etc);
  • aluguel;
  • marketing e custos relacionados a vendas;
  • suprimentos;
  • manutenção;
  • seguro;
  • impostos.
Certifique-se de que você tem dinheiro o bastante para as despesas associadas ao andamento do seu negócio durante o primeiro ano de operação e não esqueça de pagar a si mesmo. Lembre-se de considerar novos funcionários, aumento de produção, etc. Um dos principais motivos de falência dos novos negócios é a falta de capital de giro suficiente (o outro motivo é mau gerenciamento). Faça uma estimativa realista das suas necessidades financeiras e deixe espaço para o inesperado ou você poderá ser surpreendido.

Agora que você conhece diferentes financiamentos para diferentes etapas do crescimento da empresa, pode planejar quanto capital precisa. Como funciona este financiamento?

Tipos de capital

Você tem duas alternativas ao decidir que tipo de financiamento de capital vai querer para a sua empresa: o capital de débito ou o capital próprio.

Com o capital de débito, você irá fazer um empréstimo que deverá ser pago dentro de um período estabelecido, com juros e possivelmente outras taxas. Você mantém o total controle da sua empresa, mas também tem de arcar com uma quantia pesada. O capital próprio é um financiamento fornecido por pessoas ou firmas que querem ser donos de uma parte da sua empresa e obter um pouco dos lucros quando ela for grande e bem-sucedida - ou for comprada por outra empresa maior e ainda mais bem-sucedida. A pergunta que você se fazer é se quer desistir de uma parte da sua empresa em troca do dinheiro que você precisa para torná-la realidade ou acha que irá conseguir fazer os pagamentos mensais de um empréstimo, mantendo total controle e propriedade?

Para determinar o tipo de financiamento a fazer, pergunte a si mesmo:

  • a minha empresa está qualificada para o financiamento de débito?
  • estou disposto a perder a minha casa se a empresa não der certo?
  • eu vou conseguir fazer os pagamentos mensais para liquidar o débito?
  • quem me emprestou o dinheiro irá emprestar mais se eu precisar?
Ou, no financiamento próprio:
  • os investidores estarão ao menos interessados na minha idéia?
  • eu tenho mesmo o controle como as pessoas dizem? Isto é um problema?
  • eu estou realmente confortável com alguém tendo acesso às minhas informações financeiras confidenciais?
  • eu vou conseguir dar aos investidores as informações que eles precisarem?
  • vou ter problemas para compartilhar meu lucro ganho arduamente?
Após examinar essas questões, lembre-se de que você pode usar mais do que uma fonte de financiamento. Algumas das alternativas de financiamento para a sua empresa incluem:
  • economias pessoais
  • empréstimos de amigos e familiares
  • empréstimos em bancos
  • sociedades 
  • financeiras
  • capital de risco
  • financiamento baseado em leasing
  • e outras de que falaremos mais adiante
É provável que você consiga mais dinheiro com investidores do que em um empréstimo. Se o seu negócio precisa de muito dinheiro inicial para crescer rapidamente (como uma indústria de alta tecnologia), o capital próprio pode ser a melhor opção. Vamos abordar várias fontes de financiamento e verificar alguns de seus prós e contras.

Usando fundos pessoais

Dependendo de quanto dinheiro você precisa (e de quanto você tem), pode chegar à conclusão de que usar fundos pessoais é a melhor opção. Mais de 50% do capital de giro das pequenas empresas é financiado com fundos pessoais. Se a sua empresa não precisar produzir um produto, contratar funcionários ou alugar um escritório, provavelmente também não precisará de muito financiamento, mas lembre-se da nossa lista de despesas operacionais da seção anterior. A sua empresa precisará de alguma forma de marketing, o que significa mais gastos. Para tanto, você vai até a sua conta poupança, faz um empréstimo pessoal ou desenterra aquele pote do jardim.

O empréstimo pessoal é uma possibilidade, mas certifique-se de que você informou ao banco que está usando o dinheiro nos seus negócios.

Se o seu negócio for simples, você pode desenvolvê-lo por iniciativa própria, ou seja, com um pequeno investimento inicial é possível manter o negócio e usar o lucro de cada venda para fazer o negócio crescer. Essa abordagem funciona bem na indústria de serviços, onde as despesas iniciais são baixas e não é necessário contratar funcionários inicialmente.

Empréstimos de amigos e familiares

Antes de usar todas as suas reservas pessoais na propaganda do seu negócio, pense nas outras opções de que dispõe. Você já pediu um empréstimo para a sua mãe e seu pai? A sua avó tem um bom dinheiro que ela gostaria de investir? O colega de faculdade está indo tão bem quanto disse que estava no último encontro? Procurar nos bolsos dos amigos e da família tem alguns benefícios, mas também algumas desvantagens. Uma delas é que você tem de pedir o dinheiro.

Se você optar por essa alternativa, lembre-se de mostrar seu negócio para eles da mesma forma que você faria com um investidor da bolsa. Deixe-os decidir se querem correr o risco (lembre-se de que eles o conhecem). Certifique-se de ter redigido um acordo ou uma nota promissória que especifique os detalhes do empréstimo e não fique chateado se eles o amolarem com perguntas sobre como vai o dinheiro deles. Isso pode ser uma outra desvantagem desse tipo de fonte de dinheiro: o contato constante.

Em geral, pegar dinheiro emprestado de amigos ou familiares não é a melhor escolha simplesmente pela pressão que isso pode causar nas suas relações. De qualquer forma, dá certo para muitas pessoas e pode até fortalecer seu relacionamento se o negócio for bem-sucedido.

Fazendo um empréstimo comercial

Antes de fazer um empréstimo comercial num banco ou em outra instituição financeira, você deve ter bem claro em seus planos:
  1. para quê, exatamente, o dinheiro será usado?
  2. de quanto tempo deverá ser este empréstimo?
  3. quais ativos devem ser usados como garantia?
Seja objetivo ao responder essas perguntas, principalmente a primeira. Você vai comprar um imóvel com o dinheiro do empréstimo? Vai usá-lo para comprar partes de um pedido que será preenchido em seis meses? Você precisa pensar nessas coisas porque é necessário obter um empréstimo adequado ao uso do dinheiro. Por exemplo: você não vai querer financiar suprimentos por 15 anos se for usá-los em seis meses e também não vai querer financiar seu imóvel ou um equipamento caro em um empréstimo de um ano. Certifique-se de que o tipo e a duração do seu empréstimo sejam compatíveis com o propósito para o qual está sendo empregado para que você não pague juros por coisas que já nem existem mais.

A seguir, veremos formas de ajudá-lo a conseguir o seu empréstimo.

Melhorando suas chances

Os bancos são céticos ao emprestar dinheiro para quem está começando. Eles gostam de ver resultados antes de darem o dinheiro. Eles exigem algum tipo de garantia, como carros, casas, imóveis ou outros ativos importantes. Ocasionalmente, podem emprestar dinheiro baseados no seu inventário ou em suas contas a receber, mas não é o que preferem. Eles não estão interessados no potencial do seu negócio, mas sim na capacidade que ele terá de pagar o empréstimo. Isso é chamado de empréstimo com garantia de ativos, que podem ser o patrimônio líquido da sua casa ou até os fundos de estudos dos seus filhos (de qualquer forma, talvez você queira parar um pouco para considerar o talento atlético e/ou desempenho escolar de seus filhos antes de arriscar os fundos de estudos deles).

Outra opção é ter alguém avalizando o empréstimo ou a linha de crédito para você. Você pode ter um amigo ou parente que não necessariamente tenha o dinheiro para investir na sua empresa, mas que se sinta bem o bastante para avalizá-lo. Apenas certifique-se de que a pessoa tem bons antecedentes de crédito. Também é possível encontrar alguém que avalize cobrando uma pequena taxa. Informe-se com seus consultores financeiros e jurídicos.

No Brasil, há linhas de créditos voltadas para as micro e pequenas empresas, como as do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de opções para quem quiser uma franquia ou mesmo quem tem pouco capital pode conseguir um microcrédito.

Nossa próxima seção apresentará uma lista de verificação de coisas importantes a serem lembradas ao pedir um empréstimo.

Algumas dicas finais

Todo banco e todo banqueiro tem uma idéia diferente sobre o que procurar ao decidir se deve ou não emprestar o dinheiro. Certamente, todos irão olhar suas projeções financeiras e seu histórico de crédito, mas a percepção sobre o seu caráter também é um fator bastante crítico. Pode ser necessário visitar muitos bancos diferentes para realmente encontrar algum que dará uma chance para o seu negócio, portanto não desista!

Ao começar a peregrinação aos bancos, faça o seguinte:

  • ligue antes para marcar um horário;
  • vista-se bem;
  • leve um plano de negócios bem preparado e todos os documentos financeiros;
  • seja profissional;
  • esteja bem preparado para responder a perguntas sobre qualquer assunto relacionado ao seu negócio, histórico de crédito e status financeiro;
  • demonstre confiança;
  • seja objetivo: não passe a impressão de estar desesperado pelo dinheiro;
  • seja sincero sobre tudo (eles irão descobrir de qualquer jeito);
  • não gaste seu tempo "vendendo" a idéia do seu negócio (eles não querem saber);
  • tenha em mente que eles querem saber apenas como irão recuperar o dinheiro (e os juros);
  • quanto maior for o seu investimento pessoal na empresa, maiores serão suas chances de conseguir o empréstimo.

Capital de risco e angels

Se o seu negócio for na indústria de alta tecnologia ou algo muito inovador e você precisa de muito dinheiro rapidamente, considere a negociação com angels e investidores de capital de risco (ou venture capitalists - VCs). As primeiras empresas desse tipo no Brasil começaram a surgir nos últimos anos. Com este tipo de capital, você pode conseguir grandes quantidades de dinheiro - para ajudar com as altas despesas iniciais ou aqueles que querem crescer depressa. Firmas de VCs normalmente não investem menos do que US$ 250 mil. Atrair a atenção dos VCs e dos angels é bastante difícil. É necessária uma rede de relacionamento ampla e muito trabalho.

Os angel investors simplesmente são pessoas ricas que operam de forma parecida aos VCs, mas de forma independente, ao invés de trabalhar em uma empresa. Em geral, eles investem menos do que US$ 200 mil e entram em negócios que estejam dentro de sua região geográfica. Eles são chamados de "angels" porque normalmente não estão interessados em controlar sua empresa, mas em atuar como conselheiros. Especula-se que os angels sejam a maior fonte de capital de giro dos novos negócios, mas seus empreendimentos são mais informais e particulares.

Como funcionam os VCs?
Os venture capitalists financiam todos os tipos de negócios. A abordagem clássica é para uma firma de capital de risco abrir um fundo. O fundo é uma quantia de dinheiro que a firma VC vai investir. Ela reúne dinheiro de fortunas pessoais, empresas, fundos de pensão e outras grandes fontes que queiram investir. Uma firma VC levanta uma certa quantia de dinheiro no fundo: US$ 100 milhões, por exemplo.

Desta maneira, ela irá investir o fundo de US$ 100 milhões em algumas empresas, cerca de dez a vinte. Cada firma e fundo têm um perfil de investimento. Por exemplo: um fundo pode investir em novas empresas de biotecnologia ou em pontocoms que procuram um segundo financiamento. O fundo também pode investir em um grupo de empresas que estejam se preparando para fazer uma IPO (em inglês), oferta pública inicial, nos próximos seis meses. O perfil que o fundo escolhe tem determinados riscos e compensações dos quais os investidores estão cientes ao investirem seu dinheiro.

Normalmente, a firma de capital de risco vai investir o fundo e em seguida antecipar que todos os investimentos serão liquidados em três a sete anos. A firma VC espera que cada uma das empresas na qual ela investiu "vá a público" (vendendo ações na bolsa de valores) ou seja comprada (adquirida) por outra empresa dentro de três a sete anos. Em qualquer dos casos, o dinheiro da venda de ações para o público ou para uma outra empresa permite que a firma VC desconte o valor e o coloque de novo no fundo. Quando o processo todo for concluído, o objetivo é ter ganho mais dinheiro do que os US$ 100 milhões investidos. O fundo é então distribuído de volta a seus investidores, de acordo com a porcentagem com que cada um contribuiu originalmente.

Digamos que um fundo VC invista US$ 100 milhões em dez empresas (US$ 10 milhões em cada). Algumas irão falir e outras não vão dar em nada, mas algumas realmente irão ao público. Quando uma empresa se torna pública, em geral ela vale muito dinheiro. Sendo assim, o fundo VC tem um retorno muito bom. Para um investimento de US$ 10 milhões, o fundo deve receber US$ 50 milhões de volta num período de cinco anos. O fundo VC irá aplicar a lei das médias, esperando que as grandes conquistas (as empresas que sobreviveram e se tornaram públicas) se sobreponham às falências, fornecendo um retorno alto sobre os US$ 100 milhões originalmente investidos pelo fundo. A capacidade da firma em dar tempo a seus investimentos é um fator importante no retorno dos fundos. Os investidores normalmente esperam um retorno de 20% por ano nesse tipo de investimento.

Do ponto de vista de uma empresa, toda transação se parece com isso: a empresa abre e precisa de dinheiro para crescer. Ela procura firmas de capital de risco que aceitem o risco do investimento. Os fundadores da empresa criam um plano de negócios, que demonstra o que eles planejam fazer e o que eles acham que acontecerá com a empresa (com que rapidez ela vai crescer, quanto dinheiro ela vai render, etc). A firma VC analisa o plano e, se aperová-lo, investe o dinheiro na empresa. O primeiro lote de dinheiro é chamado lote inicial. Com o tempo, a empresa normalmente irá receber três ou quatro lotes de dinheiro antes de ir a público ou de ser comprada.

Como retorno do dinheiro que recebe, a empresa dá à firma VC ações, além de parte do controle sobre as decisões tomadas. A empresa, por exemplo, deve ceder um lugar para a firma VC na sua diretoria; concordar em não gastar mais do que o valor pré-estabelecido sem a aprovação do VC; aceitar o aval da firma VC para certas contratações e outras decisões. Em muitos casos, mais do que apenas dinheiro, a firma VC oferece bons contatos na indústria ou experiência de mercado.

Um grande ponto que é discutido na negociação quando um VC investe dinheiro numa empresa é: "Quantas ações a firma VC terá como retorno do dinheiro investido?" Essa pergunta é respondida pela avaliação da empresa. A firma VC e a nova empresa têm de concordar sobre o seu valor. É a avaliação pre-money da empresa. A firma VC investe, então, o dinheiro e isso cria uma avaliação post-money. A porcentagem aumenta no valor que determina quantas ações a firma VC recebe. Ela pode receber de 10 a 50% da empresa como retorno do seu investimento. Um valor maior ou menor também é possível, mas essa é a variação mais comum. Os acionistas originais são diluídos no processo. Eles detêm 100% da empresa antes do investimento do VC. Se a firma VC obtiver 50% da empresa, os acionistas originais ficam com os 50% restantes.

Em geral, as pontocoms usam o capital de risco para começar porque precisam de muito dinheiro para propaganda, equipamentos e funcionários. Eles têm de anunciar para atrair visitantes, além de precisarem de equipamentos e funcionários para criar o site. A quantidade de dinheiro necessária e a rapidez das mudanças na Internet podem impossibilitar a iniciativa. Por exemplo: muito das pontocoms de e-commerce normalmente consomem de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões para irem a público. Metade desse dinheiro pode ser gasto em propaganda!

Como encontrar um VC?
Como em muitos aspectos da vida, encontrar um VC não depende tanto de suas capacidades ou de quem você é, mas de quem você conhece. A rede de relacionamentos nunca foi tão importante. Para encontrar um VC, você precisa usar todos os seus contatos. Nunca perca a oportunidade de ter mais um nome em sua lista. Você tem amigos, que por sua vez têm amigos. Seus sócios, advogados, contadores, banqueiros, todos eles têm contatos: use-os. Aproveite cada deixa. Vá a todos os eventos em que haja VCs, trabalhe em todas as salas, faça anotações e listas e use-as com freqüência. Encontre organizações e/ou associações de VCs e angels e use a Internet. Faça o que for preciso para conseguir os nomes e entre em contato com eles.

A seguir, discutiremos como apresentar a sua idéia.

Vendendo a sua idéia

Os venture capitalists analisam cerca de uma centena planos de negócios por semana e, no final das contas, investem em cerca de cinco a dez negócios por ano, o que significa que você terá de insistir muito com o seu plano de negócios apenas para conseguir uma reunião. Uma das primeiras coisas que eles irão analisar será sua equipe de gerentes. Eles só irão investir em uma empresa se sentirem que ela possui uma gerência com experiência para fazer o negócio funcionar. Ter experiência é muito importante. Pense novamente antes de dar um alto cargo para o primo Zé na sua diretoria.

Uma vez que você conseguiu a atenção dos VCs, como deve apresentar a idéia? Primeiro, faça uma breve apresentação da sua idéia de forma que todos entendam. Não pense que usar palavras muito específicas e linguagem técnica irá ajudá-lo. Explique o seguinte:

  • o produto ou serviço;
  • qual é o seu mercado-alvo e especificamente quem serão seus consumidores;
  • qual será o custo da produção do seu produto;
  • por quanto você vai vender o seu produto;
  • quantas unidades serão vendidas no primeiro ano;
  • quando a sua empresa dará de lucro;
  • quais são seus planos de crescimento a longo prazo;
  • qual é a sua estratégia;
  • de quanto dinheiro você precisa;
  • como você irá gastar o dinheiro.
Prepare uma versão curta e uma versão de 15 a 20 minutos. Caso seja possível, faça uma apresentação em PowerPoint e uma versão impressa para qualquer tipo de situação. Faça uma apresentação profissional, sem exagero de entusiasmo ou promessas. Certifique-se de que ela dá uma idéia clara e concisa do seu negócio e que captura a essência do que você está tentando atingir. Esteja preparado para responder a qualquer pergunta. Não chute as respostas, muito menos passe a impressão de que está fazendo isso. Apresente dados e gráficos (principalmente dados financeiros) para endossar o que você dizendo e demonstre confiança.

Pesquisando

Só porque você conseguiu a atenção de um VC não quer dizer que os seus problemas tenham acabado. Você precisa descobrir se esse VC é o mais adequado.
  • Você sabe alguma coisa sobre esta firma VC?
  • Você conversou com algumas das empresas nas quais ela investiu no passado?
  • Faça a pesquisa sobre o VC do mesmo modo que ele está fazendo com você.
  • Obtenha uma lista de empresas e contatos nos quais ela já tenha investido e descubra se o relacionamento funcionou com os outros iniciantes:
    • as empresas estão satisfeitas com o relacionamento?
    • o VC foi muito controlador?
    • eles tiveram o que esperavam?
    • eles forneceram boas recomendações e bons contatos de outras atividades comerciais?
    • eles eram acessíveis e retornavam as ligações?
    • as outras empresas funcionaram bem ou faliram?
Cada uma dessas perguntas é importante para determinar se a firma VC é a certa para a sua empresa. Lembre-se: ao conseguir a atenção e interesse deles, você ainda está na metade do caminho. Lembre-se também de:
  • manter as finanças da sua empresa em ordem (preferencialmente muito sólidas);
  • certificar-se de que os termos do contrato são justos e agradam a todos;
  • certificar-se de que a firma VC tem experiência na sua indústria e que ela entende o seu mercado;
  • tentar encontrar uma boa combinação de personalidades para que o relacionamento seja agradável.

Usando seus ativos

Há muitas formas criativas de conseguir o financiamento necessário para realizar seu negócio.
  • Leasing de equipamentos: também chamado de financiamento leasing, é uma excelente maneira de financiar seu início caso sua necessidade primordial seja a compra de equipamentos. Ao arrendar um equipamento, você faz pagamentos mensais, mas também tem a opção de comprar o equipamento por um preço justo e compatível no final do arrendamento. Além disso, fazendo o leasing do seu equipamento, você não estará onerando seu balanço patrimonial porque os leasings não são listados. Você também pode melhorar suas chances de conseguir outros empréstimos porque está criando um histórico de crédito com o arrendador.
     
  • Faturização: permite que você reúna dinheiro imediatamente, baseado-se nas suas contas a receber. Se você teve problemas para conseguir financiamentos a partir de outras fontes, essa pode ser a sua resposta. Com a faturização, você basicamente está vendendo suas contas a receber com um desconto. Você não vai receber o mesmo que receberia se esperasse até o pagamento do consumidor, mas obtém o dinheiro imediatamente e reinveste-o nos negócios. As firmas que oferecem esse serviço podem cobrar de 2 a 10%, dependendo do valor total. A partir daí, elas passam a ser responsáveis por todos os recebimentos.
     
  • Dívida conversível: a dívida conversível pode ser um ótimo negócio, desde que você não se importe em se desfazer de um pedaço do bolo se ele crescer. Ela estabelece um ambiente que permitirá a seus investidores monitorar o progresso da sua empresa e, se ela se sair bem, optar por converter o empréstimo em um investimento.
     
  • Venda de ativo e retorno de leasing: pode dar certo se você for proprietário de muitos equipamentos caros e tiver pouco dinheiro. Seu equipamento pode ser vendido para alguém que irá arrendá-lo de volta para você. Você consegue um dinheiro para a empresa e levanta um pagamento mensal pelo arrendamento do equipamento. Em algumas situações, pode ser de grande valia.
     
  • Adiantamentos de ordem de compra: como uma última opção, você pode usar as ordens de compra dos clientes para obter algum dinheiro. Alguém pode emprestar dinheiro para as vendas das ordens de compra que você tem. Esse tipo de fundo tem taxas altas. Use-o com inteligência e cautela.
     
  • Sociedade limitada: você pode formar uma sociedade limitada para a sua empresa. Em geral, você continua como sócio majoritário, responsabilizando-se pelo risco financeiro, e permite que seus sócios limitados invistam fundos, mas sem responsabilidade por outras perdas além das contribuições originais. Verifique as exigências legais no que diz respeito às sociedades limitadas.
     
  • Colocação privada: você pode oferecer ações da sua empresa em particular, sem ter de registrá-la de acordo com as leis federais de valores mobiliários. Confira as exigências estaduais e peça para que seu advogado verifique o processo. Em geral, você pode usar a colocação privada para opções sobre ações de até US$ 3 milhões ou 35 investidores.
     
  • Participação dos funcionários: você também pode oferecer participação para seus funcionários. Para tanto, sua empresa tem de estar estabelecida como uma sociedade ou corporação. DICA: selecione os seus funcionários cuidadosamente.
     
  • Joint ventures/Sociedades estratégicas: combine os ativos, necessidades e produtos da sua empresa com os produtos, ativos e necessidades de outra empresa, ou seja, una recursos. Certifique-se de que tudo está sendo feito legalmente, pedindo para que o seu advogado dê uma olhada no acordo e tenha todos os documentos necessários para proteger seus interesses.

 



 
Referência: hsw.com.br (HowStuffWorks Brasil)
Autor: Lee Ann Obringer
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