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Negócios / Empreendedorismo - Você pode ter excesso de feedback do cliente?  

Data: 18/06/2007

 
 

Informações sobre o cliente nunca são demais. Porém temos ouvido algumas preocupações em eventos e em nossas apresentações mais recentes que levantaram uma questão interessante: Até que ponto a tomada de decisões deve ser baseada no feedback do cliente?

Pegue como exemplo, a gafe da Gap, descrita em artigo recente da Business Week. A análise de dados do cliente revelou que os filhos nascidos do período do baby boom era um grupo de clientes potenciais, então a Gap encheu suas prateleiras com designs modernos, roupas confortáveis, e o slogan "Para todas as gerações". Mas não funcionou. Na realidade, essas pessoas acharam que a Gap ainda era muito jovem para elas.

No início deste mês, ouvimos no evento do Conference Board, a discussão do tópico focando o CMO como um Chief Growth Officer (Executivo Chefe de Desenvolvimento). Nós ficamos surpresos em ouvir muitos participantes se preocuparem com o excesso de conhecimento do cliente e o fato de permitirem que o cliente faça com que seu negócio careça de idéias inovadoras.

"Vamos dizer que ter muito foco no cliente pode ser uma coisa perigosa", disse Diane Gulyas, CMO da DuPont. Ela estava preocupada com o fato de que o foco excessivo no cliente poderia levá-lo a ditar as inovações e novos serviços, mas o feedback dele é baseado no que ele já conhece. De fato, ela detalhou uma experiência que falhou há três anos atrás com a Oakley. A empresa queria usar um químico da DuPont chamado Kevlar como um ponto de diferenciação para entrar no negócio de sapatos esportivos. A Oakley apostou alto. Os clientes estavam supostamente querendo este tipo de sapato, mas no final, somente alguns estavam dispostos a comprá-lo.

No entanto, uma previsão errada não deveria ser uma desculpa para voltar a usar a intuição ou conhecimento básico do cliente, substituindo o que você já aprendeu, e mais importante, o que você sabe sobre os seus clientes que seus concorrentes não sabem.

A melhor maneira de aumentar o valor da base de clientes é tomar decisões com base em valor e necessidades. No entanto, se suas iniciativas de conhecimento do cliente não produzirem as informações que capacitem a empresa a melhorar o valor de sua base de clientes, sugerimos que você faça as seguintes quatro perguntas:

1) Como você define um cliente?
No negócio automotivo, muitas revendas estão utilizando sistemas de gestão de contatos, porque a pessoa que entra na loja para olhar um carro, e sai sem um, não é tecnicamente um cliente. Ao incluir prospects e contatos em seus processos, as empresas podem aprender mais sobre as necessidades dos clientes que atualmente não possuem negócios com a empresa e o que eles valorizam nos seus carros. Defina quem é o seu cliente, assim como quem você gostaria que seus clientes fossem. Aprenda tudo o que você pode sobre o segundo grupo.

2) As pessoas que cuidam dos produtos estão próximas à experiência do cliente?
A Toyota é famosa por desenhar sua linha de utilitários esportivos depois de insistir que seus engenheiros dirijam seus carros por todo o país por um mês para ver onde as melhorias podem ser feitas. Se você estiver entre seus clientes e entre os clientes de seus concorrentes, há muito que aprender. Na Pitney Bowes, o CMO Arun Sinha administra um programa de "Onsite/Insight". O programa requer que os executivos seniores passem dias nas matrizes de seus maiores clientes com todos os tipos de funcionários. "Nós forçamos as pessoas a irem fundo em nossos produtos e na experiência do cliente com eles", ele diz.
"Muitas coisas mudam quando você começa a perguntar 'como esta ação afeta a experiência do cliente'?"

3) Você tem olhado para outras indústrias?
Kate Hutchinson, CMO da empresa de softwares Citrix Systems, disse à audiência do Conference Board que sua linha de produtos é freqüentemente influenciada pelo que acontece em outros negócios.
Existem muitas coisas em um único pacote de software?
As outras indústrias incluem muitas coisas em um produto? Elas vendem muitos produtos orientados a nichos? "Nós aprendemos a inovar nossos produtos com base no que o cliente necessita", ela disse.

4) Você está no controle da inovação?
O ponto não é fazer com que o cliente desenhe os produtos que eles querem (você é o expert no produto, não eles), mas sim antecipar e desenvolver o que o cliente atual precisará. Aparentemente, você sabe tanto quanto seus concorrentes sobre os produtos e serviços da sua indústria. Você, muito provavelmente, sabe mais que os clientes sobre aqueles produtos e serviços. A vantagem que você pode ter é conhecer um cliente, e outro, e outro, melhor que seu concorrente, e ser capaz de prever, melhor que seu concorrente, e talvez melhor que o próprio cliente -- o que o cliente vai precisar de você, quando e por quanto.

Não deixe de atualizar agressivamente seu banco de dados de clientes e de conhecimento dos mesmos, mas misture-os com modelos de previsão e com inovação interna. O equilíbrio exato destes elementos lhe ajudará a criar inovações relevantes a seus clientes, aumentando seu valor.



 
Referência: 1to1.com.br
Autor: 1to1
Aprenda mais !!!
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