O início do ano traz uma série de impostos
salgados para quem tem casa, carro, etc. Os valores em geral são altos, mas,
pelo menos no caso do IPTU, a melhor opção de pagamento (se você pode) é mesmo à
vista, porque o desconto oferecido (10%) vale a pena.
Para conseguir pagar, uma boa sugestão é resgatar os recursos da poupança,
cujo rendimento mensal (em média, 0,7%) é bem menor que a vantagem conseguida
com o desconto.
Por outro lado, se você não tem o dinheiro para pagar a cota única, saiba que
não vale a pena recorrer às linhas de crédito oferecidas pelos bancos. É que os
juros pagos pelo financiamento (além do pagamento da taxa de abertura de
crédito, a TAC) são sempre superiores ao desconto obtido.
Vamos dar um exemplo: suponhamos que o seu IPTU é de R$ 722,00. Em vez de
pagar esse valor em dez prestações mensais durante todo o ano, você pagará,
agora, apenas R$ 650,00 com o desconto de 10% da cota única.
Se você quiser financiar em um banco o pagamento dos R$ 650,00, veja o que
acontece: um banco, por exemplo, oferece o “CDC Eletrônico”, um crédito para
pagamentos de impostos cuja taxa nominal de juros é de 4,80% mensais. Se você
usar esse financiamento, terá de pagar uma TAC de R$ 32,50 e doze parcelas de R$
73,39, o que dá um total de R$ 913,18 –26% a mais do que você pagaria parcelando
o IPTU no próprio carnê.