Saúde - Comércio ilegal de remédios traz danos à saúde e econômicos, diz pesquisa
A informalidade na produção e distribuição de medicamentos não traz prejuízos
apenas para o setor, mas também para os consumidores, que acabam tendo maiores
riscos de saúde e pagam mais caro pelos remédios.
O dado faz parte de pesquisa realizada pela Mckinsey e pela Pinheiro Neto
Advogados Associados para a Câmara de Medicamentos do Instituto Brasileiro de
Ética Concorrencial (Etco), que ainda conclui que a cada quatro remédios
oferecidos ao consumidor em todo o mundo, um é falsificado.
Informalidade
A informalidade no setor farmacêutico se caracteriza, de acordo com o estudo,
pelo não pagamento de impostos por estabelecimentos que vendem estes produtos,
por problemas trabalhistas e regulatórios e de práticas irregulares na
comercialização.
Práticas como a venda sem prescrição médica, ausência de farmacêutico de plantão
no estabelecimento, indução à troca de medicamento no ponto de venda pelo
balconista e clonagem da embalagem são irregulares.
Prejuízos
Com as práticas descritas acima, o estudo conclui que o consumidor terá um
medicamento de menor qualidade, usará inadequadamente e comprará o medicamento
mais caro - aceitação de sugestão como a mais barata e percepção errônea de
preço por quantidade.
Com o combate à informalidade, haverá redução do risco à saúde, maior acesso a
medicamentos, incentivo ao crescimento do setor e, conseqüentemente, uma maior
redução do custo saúde aos consumidores. "É imperativa a redução da
informalidade como ferramenta de melhoria do sistema de saúde no Brasil", diz a
pesquisa.
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