Carro / Veículo - Preço do seguro de carro é atrelado a roubos; Zona Leste tem mais ocorrências
Quanto maior o índice de roubo e furto de veículos de
determinada cidade ou região, maior será o valor cobrado pela apólice. Essa
regra básica do mercado segurador já é algo conhecido entre os donos de carros,
que ainda têm de lidar com outros fatores que influenciam no preço final, como
perfil do condutor e modelo do carro, por exemplo.
Recente pesquisa divulgada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep)
mostrou que a Parati é o tipo de automóvel mais visado pelos assaltantes - isso
em nível nacional. Além disso, outro levantamento, esse da Correcta Seguros,
estimou que, com o aumento da violência, a tendência é que aumente também o
valor da contratação de uma proteção para o meio de transporte.
Reconhecendo a desvantagem
Como saber, então, quando se está em desvantagem na hora de contratar um seguro?
É importante lembrar que os prêmios (valor do seguro) cobrados também variam de
empresa para empresa, uma vez que elas baseiam o quanto cobrarão no índice de
sinistros (reembolsos e indenizações) de seus dados pessoais.
Analisando apenas a questão de roubo e furto, a situação aparenta estar
melhorando, pelo menos na capital paulista. Dados da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo mostram que de quatro trimestre de 2005 para o
mesmo período de 2006 caiu de 9.684 para 8.295 o número de ocorrências de roubo.
Campeã
No caso de furtos, não há estatísticas definidas sobre a cidade de São Paulo,
mas índices da região metropolitana apontam para uma queda de 4.730 para 4.544
na mesma base comparativa.
O levantamento, no entanto, não apresentam dados separados por regiões. Já a
pesquisa da Indiana Seguros mostrou que entre julho do ano passado e deste ano,
a Zona Leste respondeu pelo maior número de sinistros por conta de problemas de
violência.
Vale lembrar que o estudo não é generalizado, levando em consideração os índices
restritos da própria empresa. De cada cem veículos segurados pela companhia, 4,5
são roubados naquela região - um resultado 50% maior que a média total
registrada no município.
Fatores responsáveis
O documento de divulgação do levantamento aponta que alguns fatores podem levar
a essa quantidade elevada de ocorrências, entre os quais garagens desprotegidas
e concentração de veículos mais antigos.
"É comum os carros mais velhos não terem dispositivo anti-furto, o que os torna
alvos fáceis dos criminosos. Esses veículos também estão na mira do mercado de
peças ilegais", explica Claudio Afif Domingos, diretor vice-presidente da
seguradora.
Outras colocadas
A segunda colocada em ocorrência de sinistros é a Zona Norte, cuja freqüência de
roubos e furtos alcança 3,1 a cada 100. A pesquisa mostra que as zonas Oeste e
Sul estão equiparadas nesses tipos de crime, visto que as médias registradas
chegam a 2,4 e 2,6, respectivamente.
Enquanto isso, o Centro é a região menos visada. O número de casos de roubo e
furto de carros chega a 2 em um grupo de 100. "É importante que o motorista
redobre a atenção ao estacionar seu veículo, para não cair nessa estatística
negativa", recomendou Afif.
Cuidados
A seguradora dá ainda algumas orientações que podem garantir segurança aos donos
de carro:
- ao estacionar em local movimentado, o ideal é deixar o automóvel em um
estacionamento ou em um ponto próximo a seguranças;
- instalação de anti-furto;
- dirigir com atenção, prestando atenção a movimentações estranhas -
principalmente quando estiver perto de casa.
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