Carro / Veículo - Férias: veja a opção mais econômica para o seu carro bicombustível
Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores), divulgados no início de dezembro, 81,4% dos carros vendidos em
novembro eram bicombustíveis. Um ano antes, esses veículos respondiam por 67,7%
das vendas.
O elevado crescimento, portanto, fará com que milhares de motoristas peguem a
estrada com seus carros flex fuel no Ano Novo. Fazer a vistoria do
automóvel antes de viajar é de praxe entre a maioria dos motoristas. Mas, e com
o carro bicombustível? Quais são os cuidados necessários? A resposta é mais
simples do que se imagina.
De acordo com especialistas, a tecnologia de motores flex não necessita de
cuidados extras ao de um motor exclusivamente movido à gasolina ou álcool. Em
outras palavras, o procedimento é o mesmo, isto é, o motorista deve seguir as
instruções no manual do proprietário.
Combustível: o que usar?
Entretanto, a principal dúvida diz respeito ao combustível: é melhor usar
gasolina, álcool ou a mistura dos dois? Neste caso, não há qualquer restrição
quanto à opção por qualquer uma das três alternativas. O ideal mesmo é que o
motorista encontre a opção mais econômica e, para isto, há uma maneira simples
de se chegar ao cálculo.
Em primeiro lugar é preciso saber que a autonomia de um veículo movido apenas a
álcool é reduzida em 30% quando comparada à gasolina. Portanto, um automóvel que
roda 800 km, com o tanque cheio de gasolina, irá rodar 560 km, se optar apenas
pelo álcool. Para se chegar ao gasto que terá, basta apenas multiplicar o custo
do litro do combustível pela capacidade do tanque do carro.
Portanto, considerando um preço médio de R$ 1,215* pelo litro do álcool,
abastecer um tanque de 52 litros sairia por R$ 63,20, enquanto, no caso da
gasolina, o valor seria de R$ 124,30 a um preço médio de R$ 2,39* o litro.
Dividindo estes valores pela quilometragem percorrida por cada um (autonomia do
veículo), no primeiro caso o custo por km é de R$ 0,11 (R$ 63,20/560 km) e no
segundo, de R$ 0,15 (R$ 124,30/800 km).
Finalmente, se a sua viagem chegar a, por exemplo, 500 km, abastecendo o carro
com álcool o gasto será de R$ 55. Agora, se a opção for pela gasolina, o
desembolso chegará a R$ 75, ou cerca de 36% a mais.
Uma boa notícia: além de mais barato, o álcool confere ao carro maior potência e
um nível de consumo melhor na estrada, pelo fato da velocidade ser constante.
Entretanto nada impede o motorista de usar o combustível de sua preferência.
Na ponta do lápis
No entanto, como os preços variam de posto para posto, de cidade para cidade,
quem está na dúvida se abastece com álcool ou gasolina pode usar uma fórmula
simples para escolher: calcule se o preço do litro do álcool é igual ou menor
que 70% do valor do litro da gasolina.
Ao chegar no posto, compare o preço do álcool e da gasolina e divida o valor do
primeiro pelo segundo. Se o resultado for igual ou menor que 0,7, a opção é
álcool na certa. Caso contrário, fique com a gasolina.
Reservatório
Outra dica é abastecer o reservatório de combustível de partida a frio quando
for usado apenas o álcool ou os dois combustíveis misturados e, de preferência,
a gasolina aditivada, uma vez que, segundo especialistas, "o combustível comum
envelhece com o passar do tempo e perde a funcionalidade".
* Preços baseados no relatório semanal da ANP, para o período
terminado em 23 de dezembro, com base na média do estado de São Paulo.
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