O montante que se tem é um dos pontos menos importantes na hora de investir,
na opinião de especialistas.
“A gente tem cliente que liga envergonhado, dizendo 'eu tenho pouco'. Isso é
das últimas importâncias. Se o plano de investimento for viável e se ele seguir
essa estratégia, hoje pode ter pouco, mas vai conseguir acumular riqueza. Já o
cara que tem muito, se não tiver estratégia, amanhã pode não ter nada. Para nós,
é melhor esse cliente que tem pouco”, afirmou o sócio da M2 Investimentos, Bruno
Lembi.
A analista de Investimentos da SLW, Rosângela Ribeiro, concorda: “Existem
investimentos para qualquer montante, desde a poupança, a renda fixa, a renda
variável – que incluo o investimento em bolsa – até os fundos, que têm várias
opções”.
O que importa?
Prazo e objetivo. De acordo com Rosângela, esses dois pontos devem ser
analisados por quem for investir. “O investidor pequeno, que não precisa de
recursos no curto prazo, pode investir na bolsa. Depende do prazo que ele vai
precisar do recurso. De repente, tem o objetivo de comprar um carro daqui a
cinco anos, ele pode ir para a bolsa que, se bem assessorado, vai ter um retorno
bom”.
O perfil do aplicador também deve ser levado em consideração no momento de
montar a estratégia. “Às vezes temos uma pessoa que tem R$ 100 mil, é nova,
acabou de ser promovida e está superavitária e outra que tem R$ 300 mil, mas
recebeu de herança e não consegue viver com a renda que possui. Um tem três
vezes mais do que o outro, mas a estratégia é diferente. No de R$ 100 mil,
conseguimos ser mais agressivo”, exemplificou Lembi.
Confira, abaixo, as questões que são levantadas para se formar uma estratégia
de investimentos:
- Autoconhecimento do investidor: qual o perfil que ele possui, se é
conservador, moderado ou agressivo
- Objetivo de investimento: para que ele quer o dinheiro, aonde quer
chegar, o que está mirando? Em que momento da vida está e quais as metas de
curto, médio e longo prazos?
- Experiências de investimento: tem familiaridade com algum produto
financeiro? Qual o resultado que teve com ele? Qual o seu comportamento
diante dos investimentos?
- Orçamento doméstico: será capaz de fazer aportes mensais? Gasta mais do
que ganha? “Ficar rico não é difícil, é fácil, mas é preciso ter
disciplina”, ressaltou Lembi.
- Quanto tem para investir: qual será o aporte inicial e quanto a pessoa
conseguirá direcionar por mês para a aplicação?
“A partir daí é para construir uma estratégia. Por incrível que pareça, o
primeiro passo é identificar um plano e muitas vezes as pessoas não sabem”.