Uma troca de olhares, um sorriso despretensioso ou uma chamada para uma longa
conversa no corredor. Um flerte dentro do ambiente do trabalho pode render aos
apaixonados um belo casamento no futuro ou até mesmo uma triste demissão.
Quando o interesse por algum colega profissional bate, é necessário tomar
algumas precauções para não ter a carreira profissional comprometida.
"No começo, é bom manter a discrição. Procure falar com essa pessoa [a que o
profissional está interessado] fora do horário de trabalho, pois relações
pessoais dentro desse ambiente podem ser mal interpretadas", afirma a consultora
da DBM, Karen Mascarenhas.
Segundo a consultora, tudo dependerá da relação que essas duas pessoas tem. Se
elas já se conhecem, conversam diariamente, todo o processo se dará de maneira
mais natural, sem chamar a atenção dos outros.
Aparências
Na década de 1980, o grupo Roupa Nova já cantava aos quatro cantos do País:
" Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir". Talvez, essa posição não seja
uma das mais indicadas na empresa.
"O ideal é manter o sentimento consigo próprio e evitar contar para alguém, pois
tudo é oportunidade para se gerar fofoca. Mas, se for contar, deve-se assegurar
que esta pessoa é muito confiável", avalia Karen.
Relacionamento
Quando um amor é correspondido, a pessoa tende a ficar dispersa de suas
atividades. Tratando-se do mundo corporativo, o casal, por exemplo, não deve
utilizar os canais da empresa para trocar e-mails amorosos, além de ter de se
comportar corretamente frente aos demais colegas.
Ou seja, não dá para ficar trocando beijos nos corredores no horário de almoço,
mandar recadinhos, enfim, deixar a relação se tornar mais pública do que o
ideal.
"Se a relação é muito nova, o mais recomendado é evitar que isso transpareça, já
que ninguém sabe até que ponto ela irá chegar. Dessa forma, as pessoas podem
começar a dar palpites, e o clima gerado pode atrapalhar o trabalho em si", diz
Karen.
Quando a relação estiver mais madura, orienta a consultora da DBM, talvez seja
interessante torná-la pública, podendo inclusive chegar aos ouvidos dos chefes.
"Tudo irá depender, no entanto, da necessidade do casal em abrir o jogo, e da
aceitação por parte da empresa", afirma Karen.