Publicitários, designers, advogados, jornalistas, atores... O que esses
profissionais têm em comum? A frustração de estarem atuando em áreas nas quais
faltam bons empregos e sobra talento. É provável que se perguntem diariamente: o
que posso fazer para me destacar no meio de tanta gente competente?
O que diferencia uma pessoa de outra, em segmentos competitivos, é a vontade de
trabalhar, de acordo com o presidente do Instituto Passadori, Reinaldo Passadori.
"Acredito que comprometimento é uma palavra apropriada. Comprometimento com si
próprio, com o que faz e com a empresa", explica.
"O mercado exige cada vez mais profissionais envolvidos com o trabalho,
principalmente quando não se tem muita experiência", acrescenta.
A formação também pode fazer a diferença, mas o especialista lembra que quem faz
a faculdade é o aluno. Não adianta ser um mau aluno em uma boa faculdade, mas o
inverso - ser um bom aluno em uma faculdade pouco reconhecida no mercado - pode
dar muito certo.
Competências comportamentais
Um profissional talentoso pode ficar de escanteio se não possuir as habilidades
comportamentais hoje intrínsecas ao mundo corporativo. E uma das principais
delas é saber se comunicar, capacidade intimamente ligada às reações perante
cada situação que se apresenta no dia-a-dia.
"Saber se expressar, ser educado, não economizar palavras como "obrigado" e "por
favor", ter espírito de grupo, acrescentar à empresa ideias inusitadas. Tudo
isso é importante", diz Passadori.
Por outro lado, podem estar com os dias contados no emprego as pessoas
inconvenientes, que falam demais ou falam na hora errada, que gostam de uma
fofoca ou que agem com falsidade e crueldade.
Convívio social é quase tudo
Outra característica fundamental para ser bem-sucedido em segmentos competitivos
é a flexibilidade em prol do convívio social.
"A vida em grupo pressupõe maturidade. É preciso saber ouvir, ter bom senso,
tomar cuidado com o que se fala e quando se fala, não agir por impulso, saber se
controlar, dar importância para a opinião alheia e se conhecer. Apenas com o
autoconhecimento é possível reconhecer seus pontos positivos e negativos, para
que uma atitude seja tomada em direção à melhoria".
O presidente do Instituto Passadori afirma que as empresas fazem o máximo para
não perder profissionais éticos, com valores e princípios, que se relacionam bem
com a equipe, são sinceros, dizem o que tem de ser dito sempre com bons
argumentos, dedicados, comprometidos com a qualidade do trabalho e que estão
sempre em busca de crescimento. "Qual empresa não quer ter um funcionário no
qual ela pode confiar?", indaga.
Profissionais guerreiros
"Acredito que a grande dificuldade hoje dos gestores, em processos seletivos, é
descobrir quem são os profissionais comprometidos com a vida, que têm como
pressupostos fazer mais, ir além, e também contribuir para um mundo melhor.
Profissionais com valores e princípios éticos tendem a ser os melhores, os mais
guerreiros e também os vencedores, independentemente da área de atuação",
finaliza Passadori.