Carreira / Emprego - O que o seu perfil no Orkut diz sobre o seu lado profissional?
As comunidades que participa e o que escreve podem prejudicar a sua imagem na
empresa ou até em uma entrevista de emprego. As comunidades que
participa e o que escreve podem prejudicar a sua imagem na empresa ou até em uma
entrevista de emprego. Especialista em mercado de trabalho fala sobre o assunto
e ajuda a identificar os pontos negativos na sua página pessoal
O Orkut é um site de relacionamentos muito utilizado pelos brasileiros e nele
pode ser acrescentado ao perfil o que quiser. Além disso, também é possível
participar das mais diversas comunidades que se tenha interesse e familiaridade.
“Mas o problema é quando isso invade a vida profissional”, diz Renato Grinberg,
diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br. “Comunidades como ‘Eu
odeio trabalhar’ e ‘Detesto receber ordens’, por exemplo, podem agregar valor
negativo à imagem do funcionário”, acrescenta.
Por isso, é preciso tomar cuidado com o que é colocado na internet, pois a
visibilidade é muito grande. O Orkut, em especial, domina o mercado de redes
sociais no Brasil com, aproximadamente, 18 milhões de usuários no país, segundo
dados fornecidos pelo Google. Isso corresponde a 51% dos usuários da ferramenta
em todo o mundo. E hoje não só jovens utilizam a ferramenta, como era quando ela
surgiu, em 2004, mas também pessoas mais velhas, que já se comunicam por meio
dele.
Para que seu Orkut não o prejudique, Renato Grinberg apresenta perfis comuns
entre os usuários que precisam ter atenção redobrada para não gerar
conseqüências à imagem profissional. E alerta: “Caso se identifique com alguns
deles, cuidado! Pode estar na hora de mudar”.
- O preguiçoso – É aquela pessoa que diz odiar acordar cedo e assume não
gostar de trabalhar. Normalmente, o preguiçoso participa de várias
comunidades que visam confirmar essa característica. As mais comuns são: “Eu
odeio acordar cedo” e “Se trabalho fosse bom não era pago”;
- O acomodado – “Se nada der certo viro hippie”. Quase 300 mil pessoas
compartilham do mesmo desejo caso seus planos não vinguem no futuro. O
acomodado não possui ambição de crescer profissionalmente e está feliz na
posição que ocupa na empresa. A impressão que passa ao chefe ou recrutador é
de que essa pessoa não tem visão de futuro que possa contribuir para o
crescimento da companhia;
- O bitolado – Essa é uma pessoa que gosta somente de uma coisa em
específico. Pode ser um gosto musical, ideais e até mesmo uma única visão
para a área de atuação. Isso é revelado nas diversas comunidades que
participa sobre o mesmo tema, nas fotos e também na descrição do perfil
escrita pelo usuário. Todos temos preferências, mas é preciso tomar cuidado
para não parecer inflexível;
- O baladeiro – Ele faz questão de mostrar a todos que gosta – e muito –
de festas. Até então não há problemas, essa é uma questão pessoal que não
influencia no trabalho. Mas a questão se agrava quando a situação é
exagerada e as comunidades mostram irresponsabilidade. Como por exemplo: “Da
balada ao trabalho” e “Eu trabalho de ressaca”. Com isso, essa pessoa mostra
ser irresponsável e que não se importa com bom desempenho no dia seguinte;
- O reclamão – É aquela pessoa que reclama de tudo: da vida, do trabalho,
dos compromissos, dos chefes e até mesmo dos amigos. Normalmente adere a
diversas comunidades que começam com “Eu odeio”, é pessimista e nunca está
satisfeita. Imagine se o seu chefe olha seu Orkut e, de repente, encontra a
comunidade “Eu odeio meu chefe”. O mais curioso é que as pessoas já sabem
que correm esse risco e aderem à “Socorro, meu chefe está no Orkut!”. Assim
sendo, é melhor rever seu perfil para que seu trabalho não seja
comprometido.
Como ressalta Grinberg, é importante esclarecer que não precisamos esconder
nossas preferências aos amigos nas redes sociais, mas é importante ter cautela.
“As informações pessoais tornaram-se públicas, uma vez que inseridas e
disponibilizadas na internet. Isso quer dizer que qualquer pessoa pode ter
acesso”, diz. “Não vejo problemas em mostrar sua personalidade por meio desses
sites de relacionamento, mas antes de tudo, use o famoso bom senso”, recomenda.
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