Conviver é uma arte que vale a pena exercermos. Nem sempre é amistosa, devido
às diferenças. O ser humano identifica, com muita habilidade, a exclusão. Os
fatores para isso são muito variados e supõem uma animosidade.
Normalmente sentimos no ar quando estamos sobrando, mas, quando não fazemos
essa identificação, alguém o fará. Nada de rodeios, nem "meias palavras". Quando
alguém não é bem-vindo ao grupo, será avisado. Nesse caso, a gentileza não é
exatamente a forma de comunicação usada. Usam-se atitudes desprezíveis como:
agressividade, frieza, isolamento, "meias palavras", fofocas, cobranças
infundadas, olhares gelados, "sorriso amarelo" e o que mais dói à vítima: o
legítimo escanteamento.
Tudo isso é reflexo de relações em conflito. Relações essas que ocorrem em
casa, entre amigos, vizinhos, colegas de trabalho, casais etc. A maioria sabe
perfeitamente quando é vítima ou quando é agente. As duas formas de convívio
maltratam. Em ambas, há uma queda no índice de AMOR. E na vida,
qualquer abalo no percentual do amor pode significar
diminuição das resistências imunológicas.
Explico: quando nos desligamos do estado sereno e envolvente do amor,
conectamo-nos, automaticamente, ao estado da rebeldia e do egoísmo. Resultado:
viramos presas fáceis para o insucesso. Talvez não pareça bem assim, pois, na
maioria das vezes, sentimos orgulho ao excluirmos alguém. No entanto, logo
adiante, virá o resultado gerado pelo clima pesado que fica no ar.
Sentimentos de fraqueza física nos atingem, gerados pela ausência de energia.
Desconforto inexplicável devido à consciência pesada. A falta de entusiasmo
motivada pela desilusão em uma relação. O medo de alucinar, porque lidar com o
outro é, definitivamente, um caos. E aos poucos, o pior vai acontecendo.
Recebemos da nossa consciência um alerta: Excluir vale a pena? Quando a resposta
é não, então, nasce a dúvida: como reverter a situação? Aí falta conteúdo,
sabedoria e habilidade.
Devemos semear a idéia do amor, desprezando
completamente a idéia da exclusão. Afinal, se analisarmos bem, o que queremos
sinceramente da vida? Por acaso não é sentir-nos BEM? Por que então construir
relações que me fazem sentir um mal-estar inconsciente? Uma sensação ruim que
atesta a minha incapacidade no trato humano, uma consciência pesada por não ser
capaz de lidar com o outro, apesar de saber que sei lidar bem com tantas outras
situações.
Enfim, se estamos com dificuldades em lidar com pessoas, saibamos que elas
são um reflexo daquilo que nós devemos melhorar. Jamais devemos fazer de conta
que isso não tem importância ou que isso deverá ser assim mesmo. Não, nem
pensar. Relacionar-se bem deve ser também uma questão de honra. Lembremos que
três coisas deterioram a nossa vida. São elas: a arrogância, orgulho e a
soberba.
Nesse aspecto, o amor nas relações, bem como o
respeito no convívio, não existe. É cada um por si e Deus
por todos. Penso que as jóias que a vida nos oferece incansavelmente, para
usufruirmos durante nossa vida aqui na Terra, são: a auto-estima, verdadeiros
amigos, relações amistosas e a jóia mais brilhante de todas: o amor.
Um lugar especialmente impactante para aperfeiçoar o sentimento do amor é no
nosso local de trabalho, uma vez que lá lidamos com afetos e desafetos.
O amor pode servir de ingrediente essencial quando não
vislumbramos mais saída. Só ele possui a força suficiente para:
- apaziguar os ânimos;
- diminuir a alucinação entre setores;
- promover uma comunicação amistosa e não agressiva;
- retroceder, se necessário, com humildade;
- diagnosticar a maldade no coração do colega;
- reconhecer o grau de autossuficiência no qual estamos impregnados;
- ativar nosso nível de paciência e honestidade;
- intensificar o nosso comprometimento na construção de empresas melhores e,
como consequência, um planeta mais generoso.
Invista no AMOR. Pense nisso.