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Carreira / Emprego - Você é dependente? 

Data: 15/12/2008

 
 

Certo dia, uma cliente me disse que estava gostando muito do seu processo de autoconhecimento através da psicoterapia, mas que tinha medo de ficar dependente. Acredito que, assim como ela, muitas pessoas também possam pensar assim. Lamentavelmente, esta confusão impede que muitos iniciem um trabalho de autoconhecimento que poderia ser muito gratificante para suas vidas.

Então, vamos esclarecer o que é dependência. Eu entendo que existem dois tipos de dependência: a saudável e a patológica.

Quando nascemos, somos cem por cento dependentes da mãe ou sua substituta. Esta é a dependência saudável, normal. Não fosse assim, não estaríamos vivos. Alguém nos alimentou, cuidou da nossa higiene, pensou por nós, nos agasalhou, nos deu carinho, nos acompanhou no berço ou fora dele.

Por volta dos quatro anos de idade, a criança começa a emitir sinais mais evidentes de busca da autonomia. É chegada a hora de romper os laços simbióticos saudáveis. A escolha da roupa, mesmo que sem combinar, é o exemplo típico.

Cada decisão em prol da autonomia é uma conquista que vai repercutir para o resto da vida. Fico triste quando ouço depoimentos de mães que se declaram cuidando de seus filhos já bem crescidos, como se fossem bebês. Isso ocorre por dificuldade da mãe em sair da dependência saudável, quando os filhos crescem. Ela não sabe o que fazer com o tempo livre e sente medo de não ser mais importante na dinâmica familiar, principalmente, se ela não trabalha fora. Então, a dependência deixa de ser saudável e passa a ser patológica. Esta relação entre mãe e filho provavelmente será reproduzida nas demais relações interpessoais ao longo da vida deste ser. A tendência é a pessoa buscar um cônjuge que reproduza esta relação patológica, pois isso é confundido com amor.

Cuidar do outro está implícito na relação amorosa, mas sem a simbiose. E se for falar de amor, vamos ver que a maior parte dos relacionamentos amorosos é simbiótica, nas várias nuances ou graus. Uma recente novela global retratou muito bem este tipo de patologia através de dois personagens, um casal co-dependente, onde o ciúme e o controle atingiam tamanhos desproporcionais. O resultado disso geralmente é o não crescimento ou o crescimento limitado de ambos, que se sufocam dentro da gaiola dourada, onde um tranca o outro e fica com a chave, nunca da própria gaiola, é claro! Tudo em nome do amor, ou da forma como aprenderam a amar!

Quando alguém procura uma psicoterapia, geralmente quer realizar mudanças internas e ou externas. O terapeuta entra numa simbiose saudável com o cliente, como a mãe no início da vida. Ele dá informação para o cliente adquirir autonomia emocional e proporciona o espaço seguro de reflexão, sem interferir nas suas decisões. Isso não é dependência negativa ou patológica, pois o cliente, sempre o cliente, é quem decide o que pensa e o que faz...

O tempo cronológico também é questionado como fator de dependência. O cliente pode ficar a vida toda num processo terapêutico, sem depender dele. Trata-se de uma outra etapa do processo, quando o cliente já adquiriu autonomia, pode caminhar sozinho, mas decide ter o terapeuta como referencial para encurtar o caminho de suas decisões conscientes e assim, promover seu crescimento de forma preventiva. Afinal, o preço que pagamos pelos nossos erros e decisões hoje, é muito alto. Muitas vezes, irreversível.

Geralmente, a preocupação com a questão da dependência no processo terapêutico vem de algum membro da família incomodado com este intruso que está adquirindo espaço na vida do cliente. Temos aí, um caso de dependência patológica familiar, onde a presença do terapeuta ameaça e desestabiliza a patologia. O terapeuta, ao perceber esta dinâmica, continua incentivando o crescimento do cliente, mas ensina-o a dar proteção a quem está participando indiretamente do processo, sofrendo com esta ameaça. Este é um ponto crítico, onde o cliente pode desistir de crescer. Cabe ao terapeuta aceitar e respeitar os limites de cada um, sem desistir de promover o crescimento naqueles que não desistem. Este é um dos grandes desafios da nossa profissão.



 
Referência: curriculum.com.br
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