“O segredo para o sucesso é fazer as coisas comuns
incomumente bem.”
(John D. Rockefeller Jr.)
O Brasil transforma-se cada vez mais no país do trabalho, e não
do emprego. Assim, aqueles que têm espírito empreendedor acabam buscando seu
espaço no mercado. Os que não têm podem buscar treinamento de performance ou
continuar colocando a responsabilidade do seu fracasso ou ausência de
crescimento em terceiros. O governo é o principal bode expiatório, geralmente.
Escuto e observo pequenos empreendedores que começaram do nada; muitos até, com
dívidas de negócios anteriores e que conseguem fazer vingar o seu negócio e
crescer cada vez mais. Qual é o segredo? Marcos Hashimoto faz uma analogia: o
Plano de Negócios é para o empreendedor o mesmo que um Curriculum Vitae é para o
profissional que busca uma recolocação no mercado de trabalho. O planejamento
vem em seguida. Tenho visto que o amadorismo e o empirismo neste processo não
tem mais vez. Existem pessoas que fazem seu pé de meia para investir num
negócio, porém na base da intuição. Muitos podem acertar durante um tempo.
Utilizam experiências anteriores de sucesso, porém a fórmula pode estar
desatualizada para o mercado.
Um investidor empreendedor nunca está definitivamente atualizado, pois o mercado
muda a cada dia. Também tenho visto empresas que mudam a postura após um período
contínuo de sucesso: a arrogância passa a estar presente quando a empresa se vê
no top de linha de seu segmento e, sem perceber, essa postura acaba afastando os
próprios clientes.
Quando o investidor não inclui em seu planejamento a contratação de pessoas
qualificadas, o lucro fica comprometido. Lastimável é constatar que muitas
empresas têm uma equipe qualificada, que veste a camisa, mas não recebe de seus
gestores um reconhecimento à altura de sua performance. A não valorização das
pessoas envolvidas no processo pode comprometer todo o investimento.
Acabo de receber pela Internet o depoimento de uma gerente que enviou um e-mail
para toda a equipe, tecendo elogios pelas metas alcançadas, com cópia para o seu
superior hierárquico. Este, por sua vez, enviou outro e-mail para toda a equipe,
desconsiderando os elogios feitos pela gerente, dizendo que todos não fizeram
mais nada que a obrigação.
Infelizmente, a visão corporativa de pessoas que chegaram a altos cargos
administrativos e de gestão muitas vezes não se ampliou para a empresa como um
todo.
A gestão de pessoas está diretamente ligada ao índice de lucratividade, e muitas
empresas carecem de conhecimentos específicos nesta área. A ausência de tais
conhecimentos é detectada muitas vezes, quando situações críticas se repetem.
A humildade de aceitar os pequenos detalhes como mais relevantes do que os
grandes planos pode fazer a diferença para o seu negócio. Fazer e errar
proporcionam experiência. Fracasso é não fazer. Michael Jordan faz e erra diante
de milhões de pessoas. E assim construiu seu sucesso.