13° salário - O 13º acabou, mas ainda sobram dívidas?
O 13º salário terminou e você ainda tem contas para pagar? Para ajudar você a resolver este dilema e entrar o ano novo sem dívidas, pedimos a ajuda de especialistas. Se você acabou com o seu 13º, mas tem valores aplicados em investimentos, vale retirar recursos de aplicações, seja poupança ou fundos de investimento, por exemplo. A principal dica dos especialistas é quitar dívidas, principalmente as mais caras e que já venceram.
O economista e professor da FGV-RJ (Fundação Getúlio Vargas), Luis Carlos Ewald, sugere que o investidor retire reduzidas quantias de diferentes aplicações, caso tenha mais de uma, e finalize os compromissos pendentes. .A principal razão para isso são os altos juros. Nada e nem nenhum investimento cobrem os custos dos juros cobrados por uma dívida, ensina.
Entre o pagamento de juros e o rendimento de uma aplicação, o economista da consultoria Planejador Financeiro, Giovanni Cataldi, faz as contas.
"Comparativamente, em uma aplicação, ganha-se bruto, em média, 1,2%. Em contrapartida, paga-se de juros cerca de 3,5%. Vale a pena quitar suas
pendências para não torná-las uma bola de neve impagável", completa.
Por outro lado, se você tem contas a vencer, como um financiamento, por exemplo, uma boa saída é deixar o dinheiro aplicado e pagar as parcelas à medida que vencerem. "Mas não se deve atrasar a prestação para não ter de pagar juros", alerta o professor, autor do livro "Sobrou Dinheiro", da Editora Bertrand Brasil, de gerenciamento do orçamento doméstico.
E se o dinheiro acabou?
No caso de quem não tem dinheiro guardado e precisa pedir um empréstimo, um dos caminhos é recorrer a bancos. “Nesta hipótese, a melhor opção são os bancos estatais”, orienta o economista da consultoria Planejador Financeiro, Giovanni Cataldi. “As taxas praticadas pelos bancos do governo estão melhores do que a dos bancos privados", diz Cataldi ressalta que "deve-se evitar a todo custo pedir dinheiro a financeiras".
O economista faz ressalvas em relação a dois perfis: o funcionário público ou o aposentado. Para funcionários públicos e aposentados, a escolha mais adequada são os empréstimos consignados. "As taxas são bem menores, sem dúvida, vale mais a pena", analisa.
Início do ano
Tanta preocupação com o gerenciamento do dinheiro no final do ano tem um segundo componente. Depois das festas de Natal e réveillon, os primeiros meses do ano chegam repletos de compromissos como IPTU, que sempre é reajustado, e o IPVA.
Quem tem filhos também deve colocar na ponta do lápis despesas como material e uniforme escolar, além de taxas como a matrícula. Desta forma, é melhor começar o ano com as contas antigas fechadas para, se for o caso, iniciar outras, orientam os economistas.
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