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Filhos - O valor da mesada 

Data: 28/10/2008

 
 

A mesada é uma das melhores ferramentas de educação financeira infantil. É boa porque é simples, conhecida, bem-aceita, freqüente, duradoura e porque permite e facilita a abordagem de vários elementos ao longo do tempo.

Mas cuidado! Como todo instrumento, se bem utilizado pode gerar benefícios, mas o contrário também pode ocorrer. O primeiro ponto é os pais avaliarem se estão preparados para dar mesada e cumprir o que for acordado. Sim, porque se houver um acordo de pagar a mesada em determinado valor e com determinado prazo, isso deve ser cumprido. O mesmo deve acontecer se forem estabelecidas condicionantes ou regras específicas. O que é acordado deve ser cumprido.

Inclusive, e principalmente, para dar o exemplo. Se os pais atrasam o pagamento da mesada, passarão indiretamente o recado que não é importante cumprir compromissos. Isso seria “deseducação”, um caso típico de malefícios que a mesada pode trazer.

Conceder adiantamentos com freqüência também pode trazer prejuízos à educação financeira dos filhos. Essa facilidade prejudica o planejamento, o respeito aos limites, a disciplina financeira e até mesmo a relação de autoridade, muitas vezes necessária para corrigir certos rumos indesejados. 

O mesmo vale para os valores. Não importa se forem pequenos ou elevados, mas devem ser constantes, respeitando o acordado. A mesada é o instrumento que mais se assemelha ao salário, e certamente a maioria das crianças será assalariada, quando adultas. É de se esperar que crianças que aprendam a administrar bem sua mesada tenham mais facilidade para administrar o orçamento mensal quando crescerem. 

Como se vê, decidir dar mesada aos filhos é mais do que simplesmente dar-lhes um agrado na forma de dinheiro. É uma responsabilidade importante. Uma ótima oportunidade. E não há mais dúvidas: é mais importante dar educação financeira aos filhos do que deixar-lhes um quinhão em dinheiro. A primeira fica para a vida toda. O dinheiro, na mão de quem não sabe administrá-lo, é realmente vendaval, como dizia Paulinho da Viola. 

Dicas práticas: 

-         Crianças pequenas têm pouca noção de tempo e dificuldade para lidar com prazos. Comece com semanadas, quinzenadas e passe para a freqüência mensal somente após os dez ou doze anos, conforme a maturidade da criança.

-         Estabeleça valores compatíveis com a realidade econômica da família e com o meio que a criança freqüenta. A média do valor que os amiguinhos ganham é um bom indicativo.

-         Respeite prazos e valores acordados.

-         Estimule a poupança. Ofereça reforços eventuais para estimular essa prática.

-         Valorize e recompense boas atitudes em relação ao dinheiro. Ajude a viabilizar projetos pelos quais a criança tenha se esforçado para realizar.

-         Rigidez em excesso é tão prejudicial quanto falta de disciplina. São crianças.

-         Converse a respeito do uso do dinheiro. Liberdade acompanhada é uma boa política na maioria dos casos.



 
Referência: edufinanceira.com
Aprenda mais !!!
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