Saúde - Odontogeriatria
Com atendimento especializado, mas principalmente com muita atenção e carinho
é possível resgatar a saúde bucal do paciente da 3a idade.
A melhor formação de dentistas com visão prevencionista, o uso maciço do flúor e
muita divulgação na mídia, contribuíram para níveis de doenças gengivais e
perdas dos dentes muito menores nestes segmentos da população .
Por outro lado, nos mais de 17 milhões de brasileiros na terceira idade, é
encontrado um índice superior a 60% de desdentados totais. A ocorrência de
doença periodontal (das gengivas) é também muito elevada, tendo como fator
agravante, entre outros, a xerostomia que é a diminuição da quantidade de
saliva.
Esta característica de “ boca seca”, prejudica a auto - limpeza da cavidade
bucal e tem como causa, na maioria das vezes, os medicamentos que o idoso
precisa tomar no seu dia-a-dia. Problemas de fundo emocional, como a depressão,
também levam o idoso a negligenciar seus cuidados diários com a saúde bucal.
Acima dos 65 anos as pessoas tomam de 3 a 4 medicamentos por dia .
Efeitos adversos dos medicamentos na cavidade bucal :
· Xerostomia (boca seca.)
· Perda de paladar.
· Irritação das mucosas.
· Queimor da língua e mucosas.
· Hiperplasia gengival.
Segundo o Dr. Marcus Werneck , que dedica boa parte do seu tempo clínico ao
atendimento de pacientes idosos, a doença das gengivas é o aspecto lesivo mais
freqüentemente relacionado à decadência da saúde bucal no paciente da 3a idade.
Sendo esta inclusive, a maior causa da perda dos dentes .
Na opinião de Dr. Marcus, fazer com que este paciente “dente zero” volte a ter
dentes, significa muitas vezes resgatar o seu passaporte para cidadania. Segundo
ele um trabalho de pesquisa realizado com idosos entre 59 e 107 anos no Japão,
verificou o seguinte :
Os desdentados tinham saúde geral precária, menor auto - estima e maior taxa de
mortalidade. Enquanto que os pacientes que apresentavam pelo menos 20 dentes na
boca tinham maior saúde geral, auto-estima elevada e prazer em alimentar-se,
tendo por conseqüência uma menor taxa de mortalidade.
A estas pesquisas que mostram a íntima relação entre a saúde bucal do indivíduo
idoso e a sua saúde geral, juntam-se outras como a realizada na universidade de
N.York, que constatou que 40% dos pacientes cardíacos tinham nas placas que
obstruíam suas artérias, colônias de p. gengivalis, bactéria encontrada na
doença periodontal.
Já comprovou-se também que o paciente diabético controla muito melhor suas taxas
quando tem saúde gengival, ficando muito clara a importância do acompanhamento
realizado pelo odontogeriatra.
O Dr. Marcus Werneck cita dados que mostram que o Brasil aumentou a expectativa
de vida de 39 para 70 anos em cinco décadas. Ele afirma que isto é muito
importante, mas não o suficiente pois ele acredita na filosofia de que é preciso
acrescentar vida aos anos e não apenas anos à vida.
Ele e a sua equipe já constataram e aconselham, que a maior necessidade do
paciente idoso é por atenção. Então é preciso ouvi-lo e fazê-lo sentir-se
valorizado, criando um clima totalmente favorável ao bom relacionamento paciente
profissional.
Referência:
sitemedico.com
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