Quanto mais dinheiro, maior a felicidade? De acordo com pesquisa realizada
pelo professor de marketing e diretor do Instituto de Pesquisa IP2 Outsourcing,
Marcelo Peruzzo, a resposta da elite brasileira é positiva: 91% das 526 pessoas
da classe A entrevistadas responderam que são felizes.
Segundo o professor, a vontade de acumular dinheiro, desde que seja de forma
ética, não deve ser vista como algo negativo. "O dinheiro é a recompensa de
quando você é qualificado e da habilidade de mostrar essa qualificação aos
outros", afirmou.
O estudo foi realizado, em todo o Brasil, com pessoas da classe A1 e A2 -
famílias com renda acima de R$ 6.563,73, que correspondem a 6% da população
brasileira. Dos entrevistados, 66% eram homens e 34%, mulheres. As consultas
foram feitas entre os dias 1º e 30 de novembro.
Características
Quanto ao grau de formação acadêmica, 64% das pessoas da elite brasileira
possuem especialização, sendo que 24% fizeram uma faculdade, 7% têm mestrado e
1%, doutorado. Apenas 7% da elite estão atualmente desempregados.
De acordo com Peruzzo, os dados mostram que quanto mais operacional é o
trabalho, mais reduzidas são as chances de riqueza, principalmente no Brasil. A
elite ocupa uma função estratégica.
Outra característica da elite é pensar no próximo: 90% dos integrantes disseram
que praticam ou já praticaram ações de responsabilidade social. Com relação à
fé, 95% acreditam em uma força superior.
Dinheiro traz felicidade?
Outras pesquisas, de âmbito internacional, trataram do tema. Estudo da Pew
Global Attitudes, por exemplo, mostrou que viver em países ricos, geralmente
significa ser relativamente feliz. Dois em três americanos (65%), por exemplo,
dizem estar felizes com a vida. No Canadá, 71% têm opinião parecida. Por outro
lado, a título de comparação, apenas 16% dos quenianos afirmam ser felizes.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Educação, da Universidade de Londres,
concluiu que o grau de felicidade de uma pessoa pode estar mais ligado a sua
vida social do que aos seus rendimentos mensais. Os dados apontam que pessoas
com salário em torno de R$ 3.300 por mês, mas que vêem seus amigos quase todos
os dias, são tão felizes quanto as que ganham mais de R$ 30 mil e nunca, ou
quase nunca, encontram seus amigos.
De acordo com o professor David Schkade, da Universidade da Califórnia, avaliar
se dinheiro e felicidade andam juntos depende da importância que as pessoas dão
ao fato. Para aquele que tem a vida tranqüila, mais dinheiro ou menos dinheiro
não fará tanta diferença quanto para aqueles que têm dificuldades. Onde está,
então, a fórmula da felicidade? Especialistas listam quatro dicas importantes:
- controle seus desejos;
- preserve seu tempo livre;
- pense antes de gastar... e ... divirta-se!