A auto-estima é formada tanto por fatores internos como externos. Por
internos, leia-se fatores como idéias e conceitos próprios, crenças, práticas,
hábitos e comportamentos. Fatores externos são os ambientais como linguagem
corporal, experiências de vida, criação, cultura, sociedade, entre outros.
A auto-estima então é o resultado da combinação destes fatores que é muito
própria de cada indivíduo. Numa definição clara, auto-estima é a auto-percepção
saudável. Mas o que isso significa?! Um indivíduo que percebe a si mesmo de
forma saudável é uma pessoa que combina os fatores internos e externos de forma
madura e usa este poder de forma proativa em sua vida.
O que auto-estima não é? Erroneamente, muitas pessoas acreditam que um
aparente excesso de autoconfiança é sinônimo de auto-estima sadia. Na maioria
das vezes, o que é percebido como uma “forte autoconfiança”, principalmente no
mundo dos negócios, esconde abissais inseguranças e medos e uma auto-crítica
não-sadia com relação a si mesmo.
Sim, auto-confiança e auto-estima andam juntas, mas muitas pessoas
“aprenderam” como passar uma imagem autoconfiante mesmo sob alta turbulência
interna. Certas pessoas tidas como extrovertidas, por exemplo, escondem uma
baixa auto-estima. Minha experiência como psicólogo me mostra que em muitos
casos, o indivíduo aprende e desenvolve certas regras sociais que o permite
conquistar e obter facilmente a atenção das pessoas em volta. Tudo funciona como
um teatro entretanto, quando as cortinas se fecham e a pessoa tem que conviver a
sós consigo mesma, sérios problemas psicológicos vêem à tona.
Uma pessoa com uma auto-estima sadia é, antes de tudo, madura e não necessita
da atenção gratuita alheia, nem de aprovação pública.