Consumidor - Aposentados têm grande poder de consumo
Quando você pensa em uma pessoa com mais de 50 anos, somente passa pela sua
cabeça a imagem de alguém aposentado, com sandálias em casa, sem passear e que
fica o dia inteiro à toa? Pois saiba que você está totalmente equivocado.
Com o aumento da expectativa de vida, os aposentados já são vistos como um
mercado que tem grande poder de consumo, não somente vinculado à compra de
remédios e de produtos em supermercados, mas de viagens, eletrodomésticos e
outras formas de lazer.
Eles ainda trabalham, e ganham mais!
De acordo com o consultor empresarial, Milton Dallari, muitos aposentados
brasileiros ainda nem deixaram o mercado de trabalho quando chegam aos 50 anos.
"E fazem isso porque são úteis ao empregador e ainda se sentem dispostos a
ingressar em novos projetos".
No entanto, isto gera um novo mercado de consumo, já que, mesmo ainda
trabalhando, estas pessoas podem ter direito ao benefício da aposentadoria e,
desde março, ainda podem sacar mensalmente o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço).
"Imagine como essa renda-extra poderá modificar a vida das pessoas, que antes
tinham de abrir mão de uma atividade profissional se houvesse interesse em sacar
esse dinheiro (FGTS) para outros fins: ajudar na educação de um neto, reformar a
casa ou, até mesmo, comprar uma TV maior e mais moderna para ver o futebol",
disse Dallari.
Movimento da economia
Segundo o consultor, os aposentados já são responsáveis pelo movimento da
economia em diversos pontos do País, com o dinheiro que ganham da iniciativa
pública e privada, o que deve aumentar nas próximas décadas.
E as empresas e bancos já reconhecem esta realidade e oferecem crédito
consignado para este público. "Os bancos e financeiras travam uma batalha para
atrair novos clientes dispostos a pagar o dinheiro emprestado com taxas menores
que as praticadas no mercado", concluiu o consultor.
Idosos e consignados
Para os aposentados adeptos a este dinheiro extra, cuidado! A inadimplência
entre os idosos têm aumentado desde 2004. Enquanto a participação deste público
era de 2,89% entre os inadimplentes no cadastro do SCPC (Serviço Central de
Proteção ao Crédito) em 2004, no ano passado subiu para 3,32%.
Devido ao pouco conhecimento sobre o assunto, os aposentados podem ser iludidos
pela grande oferta de crédito e promessas das financeiras e bancos.
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