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Carreira / Emprego - Conseguiu o primeiro emprego? Veja o passo a passo para controlar gastos 

Data: 30/05/2007

 
 

Conseguir o primeiro emprego não é tarefa fácil para jovens brasileiros. Estudo recentemente publicado pelo economista Márcio Pochmann, professor da Universidade de Campinas, mostrou que de 1995 a 2005, de cada cem pessoas com 15 e 24 anos de idade que entravam no mercado, 55 ficavam sem trabalho.

Dentro do universo dos 45% que conseguem a tão sonhada vaga, fica um novo desafio: controlar o orçamento. Muitas vezes, por estarem acostumados a pedir dinheiro aos pais, os inexperientes em controle das finanças acabam gastando mais do que deveriam - e do que ganham.

Poupe sempre
A primeira dica para quem recebe o salário é poupar ao menos 10% do total. Muitos jovens, com a alegria de ver o primeiro pagamento em mãos, acabam dando a si próprios aquela velha desculpa de "só vou gastar muito esse mês, afinal, é meu primeiro salário".

Portanto, não espere o fim do mês para poupar o que sobrou. Já separe, na hora em que receber o dinheiro, o total a ser guardado. Por exemplo, se você ganha um salário mínimo, que hoje está em R$ 350, separe R$ 35 no dia do pagamento.

Para não ter possibilidade de gastar, existe a boa e velha possibilidade de colocar o valor em um cofrinho. Mas você pode também investir: existem aquelas aplicações mais conservadoras, como a poupança, que garantem um pequeno rendimento mensal e nenhum risco de perdas.

Àqueles que forem mais ousados e quiserem ter mais ganhos acompanhados de riscos maiores, a melhor coisa é avaliar os produtos oferecidos no mercado e escolher o investimento mais adequado para seu perfil.

Cheque especial
Está aí um grande aliado, mas muitas vezes grande vilão, do relacionamento jovem/orçamento: a conta-corrente. Muitos bancos oferecem cobranças diferenciadas para os clientes que acabaram de entrar na universidade, o que estimula a adesão de quem se assusta com as altas taxas e encargos do sistema financeiro.

O lado bom é o acesso a cheques, cartões de crédito e débito e outros serviços que facilitam a compra. Já o grande problema é o uso descontrolado de crédito. Um exemplo é o cheque especial. Instituições financeiras já liberam um saldo pré-aprovado no momento em que o contrato de prestação de serviços é fechado.

Por não estar acostumado ainda a lidar com as próprias finanças, o jovem tende a gastar mais do que deve. Dessa maneira, amparado pelo "saldo brinde" do banco, o que acontece é a escravização do cheque especial: todo mês gasta-se acima do recebido e pagam-se altas taxas.

Uma forma de escapar disso é não aceitar esse saldo extra. Sem ter de onde tirar dinheiro, a economia é obrigatória.

Cartões e cheque
É difícil encontrar um banco que não ofereça talão de cheques e cartão de crédito. Antes de qualquer coisa, no entanto, vale lembrar que a instituição é obrigada a conceder apenas um método de pagamento gratuitamente. Por exemplo: cartão de débito e cheque. Um dos dois serviços deve ser livre de custos. Caso o correntista opte pelos dois, o banco tem direito de cobrar esse serviço adicional.

Além disso, avalie a real necessidade de pagar encargos extras para a contratação de cartão de crédito. Caso o banco ofereça um seguro para o plástico em caso de roubo, pense duas vezes antes de aceitar. Segundo a Fundação Procon, quando o cartão é roubado, é direito do consumidor não arcar com o prejuízo.

Receita x despesas
Uma prática muito falada, mas pouco seguida, é a elaboração de uma planilha de receita e despesas. Coloque no papel - ou no computador , para os adeptos da tecnologia - o quanto você ganha e o quanto você tem de gastos fixos. Supondo ainda que seu salário seja de R$ 350 mensais, já separe os 10% poupados.

De um lado, coloque a receita, que nada mais é do que o quanto você ganha. Do outro, denomine suas contas fixas e veja quanto sobra para comprar roupas, sair com os amigos e outros gastos. Essa conta deve ser feita no começo do mês, para que você possa se planejar e não sair fazendo dívidas que trarão muita dor de cabeça depois.

Tomando mais responsabilidade
E já que você está ganhando um salário agora, que tal dividir a responsabilidade de gastos maiores com seus pais? Para tomar mais responsabilidade sobre o real valor do dinheiro, ofereça-se para pagar o convênio médico, a academia de ginástica ou a ração do cachorro.

Tendo noção de quanto custa ter certos produtos, você com certeza se tornará um consumidor mais consciente



 
Referência: InfoMoney
Autor: Adriele Marchesini
Aprenda mais !!!
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