Filhos - Natal: sua forma de consumir influencia educação financeira do seu filho
Quando se fala em educação financeira dos filhos, é natural que os pais se
preocupem e se questionem sobre qual o melhor momento e a forma de abordar o
assunto. Pois bem, a hora é agora, ainda mais considerando que estamos na época
de consumo do ano, o Natal.
Só consumir?
Para quem acha que "dinheiro" é um assunto sério demais, ou julga ser "um
pecado" se recusar a dar um presente caro aos filhos no Natal por conta de
problemas no orçamento, vale o alerta: a forma como você encara a sua vida
financeira afetará a educação dos seus filhos.
Principalmente nas festas de fim de ano, onde tudo leva às compras, é
interessante que você, como pai ou mãe, analise bem a questão: realmente é
necessário gastar tanto dinheiro, muitas vezes sem tê-lo e entrando em dívidas
para encarar a situação?
Não se trata de desabafar sobre seus problemas com as crianças, mas de
ensiná-las, pouco a pouco, sobre valores.
O que você valoriza?
Na hora de comprar o videogame que seu filho tanto quer, que tal pesquisar
preços, opções de pagamento, a existência de modelos mais baratos ou mesmo a
alternativa de presenteá-lo com outro brinquedo, de menor valor?
Se isso parece impossível, pense em conversar mais com a criança, levando-a a
entender que, com o dinheiro daquele videogame, poderiam, por exemplo, realizar
uma viagem curta e muito divertida ou, então, que o valor corresponde a um ano
de judô, ballet ou inglês.
Este é um outro aspecto importante: se a criança for criada em um ambiente onde
se cultiva a idéia de que nem tudo se compra com dinheiro, as coisas podem ficar
mais fáceis: uma tarde em família, um abraço ou uma longa conversa podem valer
muito mais, e plantar segurança para o futuro dos seus filhos.
Na prática
Segundo Carlos von Sohsten, autor de vários livros sobre Educação Financeira,
incluindo o lançamento "Berço de Ouro - Criança Bem Educada Cresce Rica e
Feliz", é possível garantir um futuro de prosperidade para as crianças a partir
de uma educação voltada para o desenvolvimento integral, que envolva questões
como alfabetização financeira, empreendedorismo e criatividade.
"As orientações vão muito além da simples realização financeira e material.
Devem estar presentes durante toda a vida dos filhos, nos aspectos pessoal,
familiar, profissional, físico, intelectual e também espiritual, para que eles
sejam plenamente felizes", acrescenta o autor.
Ele garante que é importante orientá-los para que se tornem independentes e
autoconfiantes. "Começando desde cedo e fazendo as coisas certas, os pais terão
muito orgulho desses filhos no futuro", explica Sohsten.
Por outro lado...
Agora, se você adora umas comprinhas, parcela tudo mesmo sem poder só para andar
na moda e tem se comportado como "escravo" do dinheiro, a situação fica um pouco
mais complicada.
A saída, neste caso, é se conscientizar da questão. Dessa forma, você e seu
filho podem dar os primeiros passos, juntos, na educação financeira da família.
Nunca é tarde, ou cedo, para começar!
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