Carreira / Emprego - Conflito no ambiente de trabalho: e quando não dá para resolver?
Um lugar agradável, harmonioso, onde todos pensem e trabalhem da
mesma forma. Embora este seja o ideal da maioria dos trabalhadores, é cada vez
mais difícil encontrar ambientes de trabalho como esse, mais parecido com o
paraíso.
O mercado acirrado, a pressão por resultados e a corrida cotidiana pessoal fazem
com que o clima nas empresas se torne cada vez mais competitivo, o que nem
sempre é fácil de encarar.
Hora e vez dos conflitos
Diante disso, surgem os conflitos. Vale lembrar que nem sempre eles são
visíveis, marcados por discussões, desentendimentos de fato. Vez por outra o
"efeito" é discreto, percebido na falta de integração entre membros da equipe,
na convivência dificultada pela divergência de idéias. Neste caso, como agir?
"Quando um não quer, dois não brigam": a frase é antiga, mas verdadeira.
Geralmente os conflitos ocorrem pela diferença de opiniões e perfis. Mas não é
só isso: salvo nos casos em que os atritos ocorrem entre patrões e empregados, e
aí a hierarquia pesa bastante no processo, os conflitos entre colegas de equipe
poderiam ser facilmente resolvidos se ambas as partes tomassem consciência do
trabalho em grupo, valorizando as diferenças.
Afinal, que graça teria se todos pensassem da mesma forma? Portanto, a
necessidade pessoal de mostrar trabalho, de provar à empresa, mesmo que
inconscientemente, que seu desempenho é superior ao do seu "colega", prejudica
tudo.
Efeito contrário
Entretanto, caso a empresa tenha um bom senso de observação, perceberá, com o
tempo, o efeito negativo desses conflitos discretos dentro da equipe,
ocasionados pela falta de integração, entendimento e comunicação no grupo.
A informação não flui, não há inovação e, pior ainda, a motivação acaba se
deteriorando, já que o ambiente, com o passar do tempo, se torna insustentável.
Isso sem falar no desempenho individual. Ninguém, nos dias atuais em um ambiente
corporativo, consegue mostrar bons resultados sozinho. É necessário o
entrosamento do grupo, daí a política de metas proposta por muitas empresas.
Pense nisso!
Para quem quer "paz"
Caso esteja passando por algo parecido no seu ambiente de trabalho, a estratégia
é estabelecer algumas regras de convivência:
- Respeite opiniões - você tem suas idéias, o que não significa que
está sempre certo. Aprenda a ouvir mais. Isso quebra algumas resistências e
dá espaço para um bom entendimento. Experimente!
- Saiba que ninguém vive sozinho - por melhor que seja o seu
desempenho, você não é uma ilha. É natural que você pense em evoluir
profissionalmente. Pois saiba que a forma como você encara o trabalho em
equipe faz toda a diferença
- Nem só de trabalho vive o homem - não valorize demais o que
ocorre no ambiente de trabalho. Lembre-se que você deve ter outros
objetivos, voltados à sua vida pessoal. Voltar-se apenas à carreira pode
tirá-lo completamente do foco, deixando os problemas muito maiores do que
realmente são!
- Não se desgaste por tão pouco - a pessoa não concorda com
você...e daí? Não faça disso uma guerra. Afinal, ninguém está certo e ganha
o tempo todo. Experimente encarar "os conflitos" dessa forma. Perceberá que
tanto desgaste não vale a pena
- Delimite seu espaço - a idéia aqui não é que você seja "bonzinho"
o tempo todo e leve diariamente desaforo para casa. Saiba delimitar seu
espaço através do seu desempenho, realizando o seu trabalho
satisfatoriamente e se dedicando ao que sabe e gosta de fazer. Dê o exemplo!
E quando a "briga" é com o chefe?
O quadro se torna um pouco mais complexo quando a "briga" é com o chefe. Neste
caso, apenas as estratégias acima ajudam, mas precisam ser adicionadas à uma
dose extra de paciência e tato, para conhecer melhor o momento certo de "atacar"
ou "recuar".
Patrões e empregados podem se tornar grandes parceiros, mas é preciso esforço
mútuo para isso.
Em qualquer situação, é importante que você avalie, periodicamente, se está no
caminho certo, fazendo realmente a sua parte. Caso os conflitos se tornem cada
vez mais freqüentes, chegando a uma situação insustentável, talvez seja a hora
de esclarecer a situação de vez, conversando diretamente com o "alvo" da
questão.
Caso isso não dê certo, esteja preparado para uma mudança drástica ...seja de
comportamento, de setor ou mesmo de empresa. Boa sorte!
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