Se o clima no trabalho não anda nada favorável e as coisas raramente saem
como o profissional espera, é hora de se encher de coragem e chamar o chefe para
um bate-papo reservado. Mas atenção! Nesta ocasião é preciso cuidado redobrado,
pois requisitar a atenção de um gestor estando tomado por frustrações ou emoções
exacerbadas pode comprometer, e muito, o rumo da conversa. Por isso, manter a
calma é a melhor solução.
De acordo com a consultora de Planejamento de Carreira da Ricardo Xavier
Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira, demonstrar sinais de exaltação
pode gerar uma repercussão negativa para o trabalhador, comprometendo não apenas
a avaliação do profissional diante do supervisor, mas também suas possíveis
reivindicações.
“O funcionário deve agendar um horário com seu superior e se preparar para
debater os problemas que o afligem, especialmente quando o mesmo tiver um gestor
de temperamento difícil”, explica Karla.
Para ela, a preparação se faz fundamental para garantir o sucesso de uma
empreitada. “Se o profissional for respeitoso e honesto em suas reivindicações,
as chances de ter um retorno positivo serão enormes, se ele tiver um bom líder”,
garante.
O lado negativo
Mas como nem sempre é possível assegurar que as conversas serão 100%
positivas ou mesmo que os gestores serão excelentes líderes, é preciso estar
preparado para o lado negativo dessas conversas reservadas. Isto porque, ao
chamar um superior para expor os problemas que têm encontrado no trabalho, é
possível que ele não goste nada do que for exposto.
“Em uma discussão de assédio moral, por exemplo, o gestor pode pegar 'birra'
do trabalhador e o feedback pode ser negativo. Por isso, é bom que o
profissional esteja preparado para quaisquer tipos de retorno, mesmo que eles
não sejam os mais positivos”, diz Karla.
O que fazer?
Nestes casos, os profissionais que não tiverem suas reivindicações
salariais, pessoais e profissionais atendidas por seus superiores imediatos
devem recorrer ao departamento de Recursos Humanos. Lembrando que tal ação
apenas deve ser feita caso o gestor não possa realmente atender as necessidades
do profissional.
“O ideal é que os trabalhadores evitem pular a hierarquia da empresa ao pedir
soluções de problemas, pois isso pode parecer desrespeitoso com os profissionais
da companhia. Falem com o superior imediato e, após essa etapa, com o diretor.
Se nada disso resolver, aí sim, a recomendação é informar o departamento de
Recursos Humanos”, orienta Karla.