Estudo constatou que a maneira como os seres humanos lidam com o dinheiro
está em grande parte associada com sua carga genética. Além das influências
sociais, gastar demais ou ser um grande poupador pode ser uma característica
determinada hereditariamente.
O estudo foi realizado por dois pesquisadores, um da Universidade de
Washington, Stephan Siegel e outro do Claremont McKenna College, Henrik
Cronqvist, que observaram 15 mil duplas de gêmeos na Suécia. A conclusão que
chegaram foi que os irmãos lidavam com o dinheiro de maneira muito semelhante,
mesmo no caso daqueles irmãos que já haviam perdido o contato com a família.
Predisposição comportamental
O estudo mostrou que as pessoas já nascem com uma predisposição para lidar
de forma inconsequente ou cuidadosa com o dinheiro. Mas apesar dessa herança,
que pode ser determinante para as pessoas terem uma ou outra postura perante o
dinheiro, vale pontuar que apenas um terço do comportamento é reflexo da carga
genética.
Outros fatores que afetam a forma como se lida com o dinheiro são as
experiências de vida e a educação financeira. Assim, a forma como os pais lidam
com o dinheiro, pode refletir no comportamento do filho. Apesar disso, a
pesquisa também constatou que a medida que as pessoas envelhecem essa influência
vai ficando cada vez menor. Na casa dos 40, a influência dos pais é praticamente
nenhuma.
No que diz respeito à tentativa de fazer com que as pessoas mudem seus
hábitos de consumo, em sua conclusão, os pesquisadores orientam que por mais que
seja necessário tornar um gastador em poupador, não adianta querer mudar a
pessoa de uma vez só. O mais indicado é sugerir mudanças sutis, como estimular
investimentos e a criação de um plano de previdência em vez de simplesmente
proibir determinados gastos.