Carreira / Emprego - Mudança de carreira? Se for adquirir uma franquia, confira oito armadilhas!
Existem profissionais que decidem mudar o curso de sua carreira ao se
tornarem consultores ou abrir o próprio negócio, por exemplo. Ao pensar em ser o
próprio patrão, muitas pessoas optam pela compra de uma franquia.
A consultora jurídica Melitha Novoa Prado explica que, antes de optar pela
franquia, é necessário ter alguns cuidados. “Se a ideia é ter um negócio
duradouro e lucrativo, então é melhor mudar alguns conceitos e arregaçar as
mangas desde o processo de seleção, já que muitos dos entraves para o sucesso
são criados inconscientemente pelo próprio comprador da franquia”, afirma
Cuidado com as armadilhas
A especialista alerta para que o profissional interessado em adquirir
não caia em oito armadilhas. Confira:
- Comprar uma franquia que você goste para outra pessoa administrar: É
comum pessoas da família presentearem outras com uma franquia. Segundo
Melitha, o resultado pode ser negativo, se o profissional que está no
comando da franquia não tiver condições de administrá-la. Para não cair
nesta armadilha, ela aconselha que, ao pensar no familiar, a pessoa redobre
a atenção às necessidades do outro. É importante ter conversas
esclarecedoras, não forçar o outro a aceitar o trabalho, além de pedir ajuda
a um profissional para traçar o perfil de quem conduzirá a franquia.
- Ter pressa ao analisar a COF: A COF (Circular de Oferta de Franquia) é
entregue pelo franqueador para que o candidato a franqueado analise em 20
dias. Por se tratar de um documento importante, é necessário submetê-lo a um
advogado, para que esse indique pontos obscuros.
- Deixar de conversar com franqueados atuais e ex-franqueados: A COF tem
uma lista de ex-franqueados da rede. É importante que o profissional procure
saber quais foram os pontos negativos da franqueadora. Isso é tão
imprescindível quanto consultar os franqueados atuais, que poderão
esclarecer dúvidas quanto ao cotidiano do negócio.
- Optar por uma franqueadora que não é associada à entidade
representativa: Ser associado à entidade representativa, a ABF (Associação
Brasileira de Franchising), significa que, no momento da filiação, a empresa
forneceu documentos que mostram que ela pratica o franchising de acordo com
a legislação.
- Não avaliar os números fornecidos pela franqueadora: É importante
observar se o faturamento médio da rede é compatível com o investimento. O
faturamento deve ser coerente em relação ao investimento. Também é
necessário levantar a situação financeira da empresa franqueadora. Procure
órgãos governamentais e entidades comercias.
- Firmar acordos verbais: Lembre-se que só vale o que consta em contrato,
por isso não adianta buscar na Justiça promessas e acordos verbais que não
foram assinados pelas duas partes. Fique atento e exija no contrato tudo o
que foi combinado no processo de seleção.
- Tentar mudar padrões da rede sem consultar a franqueadora: Acreditar que
determinas atitudes da franqueadora, como taxa de royalties, publicidade e
produtos serão facilmente resolvidos. Segundo a especialista, quem pensa
dessa maneira está começando da maneira errada, e certamente terá futuros
problemas. A advogada explica que a inadimplência do franqueado e a mudança
nos padrões são os problemas mais comuns das redes. "Por isso, se você não
concorda com as regras e elas servem para toda a rede, talvez a franquia não
seja uma opção adequada para você”, alerta.
- Participar de apenas um processo seletivo: Ao participar de um único
processo de seleção, não é possível ter parâmetros para comparar o discurso,
as vantagens e as desvantagens de cada marca. Assim, é aconselhável que se
escolha duas empresas, ainda que sejam do mesmo segmento. “Não se trata de
uma ser melhor do que a outra, mas de uma ser mais adequada ao seu momento,
ao seu perfil e à localidade em que será instalada”, finaliza a advogada.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Karla Santana Mamona
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