Orkut, Facebook, Twitter. Essas são algumas das mais populares ferramentas
que se disseminaram com a web 2.0. E, com elas, as chances de um profissional
conseguir uma colocação no mercado de trabalho aumentaram. Porém, somente para
aqueles que conseguem utilizá-las como meios para divulgar o currículo.
Elaborar um parece simples, mas em um cenário de interação como o de hoje, as
informações por si só não bastam. “O importante é a visibilidade do
profissional”, afirma o presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri. “Em uma fase
de recrutamento, o que conta é um bom currículo aliado a uma boa divulgação”.
A lógica é que, com as redes sociais, a visibilidade do currículo do
profissional que as utiliza é maior e pode ajudá-lo. E não tem jeito, para se
destacar em meio a milhões de pessoas que utilizam essas ferramentas, é preciso
estar em muitas delas. “O profissional precisa fazer ações múltiplas, porque
quando você está procurando emprego, você tem de se divulgar”, reforça Abrileri.
Dessa forma, não basta ter um currículo na rede. É preciso dizer a todos onde
ele está e como acessá-lo.
Sem grandes impactos
Apesar de todas as vantagens que as redes sociais trazem ao profissional
para que ele divulgue sua experiência, nem sempre elas têm peso na hora de as
empresas recrutarem candidatos. Essas ferramentas ainda não substituem um
processo de seleção clássico.
“De fato, as redes sociais têm tido uma participação importante para ativação
de contatos, para buscar e divulgar informações”, diz Flávio Staudohar,
consultor e sócio da Search RH. “Porém, não substitui o processo de busca por um
profissional como é feito hoje”. Para ele, as redes sociais são apenas uma porta
de informação.
“Hoje, o que ainda é importante é o network pessoal”, ressalta o consultor.
E, para ele, esse cenário está longe de mudar.
Por isso, o consultor não acredita que um profissional que não seja adepto às
novas tecnologias seja prejudicado por isso, uma vez que, por meio de seus
contatos, é possível uma colocação no mercado. Mas Staudohar reconhece que quem
está na web amplia sua rede de acessos.
Para os adeptos, o consultor aconselha a deixar o currículo disponível nas
redes sociais mais informais, como o Facebook e Orkut. É lá que as empresas
conseguem mais informações, além das profissionais. E aconselha a ser ativo em
grupos de discussões, por exemplo. “As redes de relacionamento mais informais
ajudam a agrupar e a estudar tendências de comportamento”, afirma.
Processos de seleção em transformação
Para o presidente da Curriculum, não é possível mais ignorar as tendências
trazidas pela web 2.0. Mas ele concorda que, dependendo do perfil, elas não
pesam tanto no processo de seleção. Na busca por profissionais muito
específicos, de altos cargos, por exemplo, as empresas não buscam por meio de
redes sociais. O contrário também é válido: profissionais de cargos muito
operacionais também não precisam se preocupar tanto em disseminar o currículo
pela rede.
“Já para aqueles profissionais intermediários, as informações nessas
ferramentas ajudam muito na hora de buscar uma vaga no mercado”, reforça
Abrileri. E não importa tanto em qual ferramenta você vai disponibilizar o seu
currículo. “Eu acho que todas as ferramentas têm relevância”, diz, reforçando
que o importante é ficar visível.
Hoje, existem ferramentas mais específicas que as redes sociais que ajudam o
profissional nessa empreitada. Sites de currículos são exemplos e têm gerados
bons frutos. “É bom para a empresa e para o profissional”, afirma Abrileri. Mas
existem outras que não estão vinculadas a qualquer empresa, como o novo serviço
que a Curriculum passou a disponibilizar nesta semana.
“A Curriculum desenvolveu um endereço específico e apropriado, unindo a
plataforma de exibição limpa, sem anúncios publicitários, onde ficará apenas o
currículo do candidato, sem nenhuma distração para a empresa, oferecendo foco
total no currículo”, explica.
Por meio do endereço www.curriculo.com.br, o profissional cadastra as suas
informações. Diferente de outros sites de currículos, o documento é
disponibilizado como se fosse uma página na internet atrelada a buscadores
internacionais como Google, Yahoo e Bing. Dessa forma, quando uma empresa digita
alguma palavra chave como “currículo administrador”, os documentos cadastrados
no site aparecerão.
Para o presidente da Curriculum, estar conectado à rede mundial é importante
e disponibilizar o currículo nessa mesma rede é só uma tendência que, no Brasil,
ainda está crescendo. “As redes sociais vieram para ficar. E é uma tendência que
não tem volta”.