Carreira / Emprego - Use a roda para inovar
Inovar é palavra de ordem das empresas há muito tempo, mas normalmente só é
percebida como uma necessidade real e não apenas um jargão empresarial quando a
companhia passa por um momento de estagnaçãoInovar é palavra de ordem das
empresas há muito tempo, mas normalmente só é percebida como uma necessidade
real e não apenas um jargão empresarial quando a companhia passa por um momento
de estagnação e investir em inovação torna-se crucial para sua sobrevivência no
mercado. Em tese as empresas já deveriam nascer inovando: na forma como
estruturam suas operações, como se relacionam com os clientes, como utilizam os
recursos disponíveis.
Inovar, portanto, não é (apenas) ter ideias criativas. E isso já vem sendo dito
à exaustão pelos mais variados gurus empresariais. Algo tão simples como enxugar
as beiradas e queimar as gordurinhas para se tornar mais ágil no mercado podem
ser conduzidos de forma inovadora. A despeito do que muitos ainda pensam, é
fundamental criar processos de inovação, por mais paradoxal que isso possa
parecer.
Vale lembrar que a inovação só é possível quando há uma parceria entre a
instituição e seus colaboradores. Se o papel deste último é procurar a formação
contínua, para daí extrair novos subsídios, estudando a “jurisprudência” do que
já foi tentado e quais os resultados, o papel da empresa é fornecer as
ferramentas necessárias para que esse empenho não seja em vão. Ao contrário, uma
empresa inovadora, antes de mais nada, tem um processo de negócio inteligente
que mune o funcionário de dados para que ele, com sua experiência e arcabouço
intelectual, possa correlacioná-los de forma a produzir resultados concretos e,
por que não, faturamentos maiores.
No ramo do entretenimento, onde o público é ávido por novidades e os atrativos
são sempre tão lúdicos, é difícil imaginar que exista uma forte estrutura de
tecnologia da informação (TI). Por muitos anos os investimentos da gigante Sony
Pictures Entertainment, por exemplo, se restringiram à manutenção de seus
sistemas básicos de informática. Até que em determinado momento o board se deu
conta de que a parceria com seu fornecedor de TI poderia se tornar mais
abrangente e gerar resultados em vendas e não apenas em processos. Por meio dos
laboratórios de inovação do fornecedor e reunindo todo o know-how de negócio do
cliente foi possível avançar com uma solução que promete revolucionar o universo
cinematográfico: a concepção de um sistema de marca d’água para filmes digitais
à semelhança do que já ocorre com imagens e fotos no ambiente virtual.
E a tecnologia da informação, por fornecer ferramentas práticas e facilmente
manuseáveis, vem justamente ao encontro desse ideal corporativo: faturar mais
gastando menos. Existem hoje no mercado inúmeros programas voltados para
otimizar a infraestrutura disponível, elevar a eficiência operacional e
organizar as informações de modo a permitir que a tomada de decisão e a
consequente implementação do projeto ocorram balizadas por fatores mais
estratégicos que operacionais. A partir do cruzamento de informações sobre os
hábitos dos clientes dos mais variados setores, sejam eles varejistas ou
instituições financeiras, é possível conceber produtos personalizados com
probabilidade de êxito próxima aos 100%.
Recorrer a soluções desenvolvidas por especialistas nas mais variadas áreas de
negócios e com eficácia comprovada é fugir da nada salutar tentação de
reinventar a roda - a atitude mais anti-inovação que uma empresa pode ter.
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