Carreira / Emprego - Funcionário Empreendedor x Líder Motivador
O desenvolvimento de funcionários empreendedores é uma via de mão dupla. A
semelhança do cultivo de uma planta, o funcionário também precisa encontrar o
ambiente propício para seu desenvolvimento. São muitos os líderes que reclamam
da falta de iniciativas, idéias criativas e outros comportamentos tão
indispensáveis para que as organizações cresçam saudáveis.
Por outro lado nos deparamos todos os dias com funcionários buscando outras
oportunidades, buscando espaço para crescer, desenvolver suas idéias, enfim,
mostra seu potencial.
Freqüentemente ouvimos as famosas queixas; de um lado o empresário, queixando-se
dos funcionários, de sua falta de iniciativas, de idéias criativas e tudo mais
e, do outro os funcionários queixando-se da falta de espaço para inovar, do
excesso de centralização e até do temor em ousar oferecer alguma simples
sugestão.
Fica a questão: Como podemos unir estes dois pólos em favor de um melhor
desempenho, em favor de algo que traga além de crescimento e resultados
financeiros para as organizações, satisfação pessoal e profissional para os
colaboradores?
Se a questão realmente é como apresentam alguns autores, que na atual conjuntura
a condição de funcionário empreendedor é sine qua non, ou seja, é indispensável,
fato obrigatório, para quem deseja destacar-se no mercado de trabalho e as
organizações precisam estar atentas ao mercado, aos concorrentes, inovando,
inventado e reinventa-se, para tornarem-se cada vez mais competitivas, que
estaria faltando, então?
Pensamos que cabe a nós refletirmos qual o parâmetro que mantemos sobre a
palavra poder. Diane Tracy, em seu livro "10 Passos para o Empowerment",
apresenta que o poder "Funciona sob o mesmo princípio do amor: quanto mais a
pessoa dá aos outros, mais recebe em troca." Sabemos, no entanto, que são poucos
os líderes que comungam desta linha de pensamento.
Empoderar ou delegar poderes aos colaboradores ainda não é prática muito comum
em muitas de nossas empresas. Perguntamo-nos até quando vai haver espaço para
este "estilo de liderança"? Ou ainda para aqueles que acham que ser um bom líder
é ser bonzinho, é ter carisma?
César Souza escreveu na revista Época Negócios de março/2008, sobre o líder
inspirador. Quero destacar apenas dois pontos trazidos a respeito deste tipo de
líder: "Surpreendem pelos resultados, em vez de fazer apenas o combinado. Não
basta cumprir metas. Conseguem obter resultados incomuns de pessoas comuns."
Certamente quando sabemos focar o bom que as pessoas têm, dificilmente não
conseguimos ampliar os resultados que podem oferecer. Aprender a extrair o
melhor das pessoas pode trazer resultados surpreendentes para nossas
organizações.
O outro ponto: "Inspiram pelos valores, em vez de apenas pelo carisma. Constrói
um código de conduta junto com os membros dos grupos dos quais faz parte, em
torno de valores que são explicitados, disseminados e praticados." Está aí algo
que pode fazer a diferença na condução de nossas equipes. Será que possuímos um
código de conduta construído juntamente com nossos colaboradores? Será que eles
ao menos sabem quais são os valores que norteiam a organização para a qual
trabalham e queremos que vistam a camisa?
Deixo estas reflexões para que possamos pensar e na melhor forma de despertar o
bom que há em nós e em nossa equipe.
Referência:
sebrae-sc.com
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