Carreira / Emprego - De supetão: veja os efeitos de dizer que deixará o cargo em poucos dias
Imagine que você, mesmo já estando empregado, resolveu participar do processo
seletivo de uma outra empresa e foi escolhido. Mas, esta companhia quer que você
assuma o cargo em poucos dias. O que fazer?
De acordo com a consultora de RH da Catho Online, Camila Mariano, o profissional
deve ter consciência de que, mesmo tendo um bom relacionamento e desempenho, ele
vai deixar a empresa atual na mão, e ela não ficará contente por isso.
"Nesse primeiro momento, a informação não vai ser bem-vinda, mas não quer dizer
que o profissional terá as portas fechadas para sempre, se foi um bom
funcionário e se manteve responsável até então", afirmou.
Facilite a situação
Agora, o quadro pode ser um pouco diferente se já havia algo na empresa que
desagradava o profissional e isso foi colocado para o empregador. "Vai ficar
mais fácil mostrar que tinha necessidade de mudar, por um aumento salarial ou
novo desafio, por exemplo". Outro fator que ameniza a situação é estar aberto
para negociações.
A informação de que terá que deixar a empresa deve ser feita pessoalmente.
Coloque os motivos da mudança e informe o prazo. Mesmo assim, existe a
possibilidade de o clima não ficar bom durante o tempo que ainda estiver na
empresa.
Neste caso, é possível tomar uma medida para amenizar: "tem que se colocar à
disposição da empresa para treinar, passar material ou indicar alguém com o
perfil da empresa para passar as atividades. Tente deixar alguém preparado".
Negociação
A melhor maneira de lidar com esta situação é tentar negociar com a empresa
contratante um maior prazo para assumir o cargo. Desta maneira, o profissional
estará mostrando responsabilidade, algo bastante prezado no mercado de trabalho.
Um prazo ideal para indicar a saída é de duas semanas, caso tenha alguém que
possa assumir as responsabilidades, e algo em torno de um mês, se a empresa
precisar abrir um processo seletivo.
Processo seletivo
Sobre o processo seletivo, Camila orienta os profissionais a dizerem que estão
participando quando já apontaram que suas necessidades não estão sendo atendidas
e quando existir liberdade com o chefe atual.
"Mas, na maioria dos casos, o chefe não dá essa liberdade e, se o profissional
falar, acaba provocando a própria demissão. Ele acaba sendo deixado de lado,
ficando de fora de alguns projetos porque não poderão contar com ele em algum
momento no futuro".
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