Pressão por resultados, competitividade e desejo de promoção são alguns dos
fatores que fazem com que, cada vez mais, o sentimento de ansiedade esteja
presente no mercado de trabalho.
Contudo, de acordo com a diretora executiva da Ricardo Xavier Recursos
Humanos, Izabel de Almeida, ao contrário do que muitos imaginam, nem sempre ter
ansiedade é equivalente a algo negativo. Sabendo administrá-la, ela pode
contribuir para o sucesso profissional.
“A ansiedade é uma reação, ela funciona como um alerta em situações que
ocorrem no dia a dia. Este estado traz uma sensação de medo em relação ao que
está por vir (…). Entretanto, pessoas maduras emocionalmente conseguem fazer com
que a ansiedade trabalhe a seu favor, estimulando-as a irem em frente”, explica
Izabel.
Em outras palavras, quando a ansiedade é saudável, o profissional tende a
buscar melhorar sua performance, o que, consequentemente, o faz atingir os seus
objetivos mais facilmente.
Ansiedade negativa
Por outro lado, quando o profissional não consegue lidar adequadamente com o
sentimento de ansiedade, ele deve redobrar a atenção ao seu comportamento, para
que a situação não afete a carreira.
De modo geral, diz Izabel, a ansiedade negativa leva à paralisação, fazendo
com que muitas pessoas, mesmo que descontentes, acomodem-se em seus cargos,
empregos e funções, deixando de buscar novos desafios.
“Tudo acaba atrapalhando. Há uma sensação constante de insegurança e o
profissional não consegue lidar com a realidade (…). Na ansiedade ruim, o
profissional passa, inclusive, a produzir menos”, ressalta a diretora executiva
da Ricardo Xavier.
Como melhorar?
De forma genérica, os profissionais de áreas como comercial, financeiro e
engenharia estão entre os mais ansiosos.
Para aqueles que não conseguem trabalhar o sentimento positivamente, Izabel
aconselha a busca por ajuda especializada.
“A prática de esportes pode ajudar a diminuir a ansiedade, por exemplo, mas o
ideal, para quem não consegue controlar a ansiedade e percebe que ela atrapalha
o crescimento profissional, é buscar uma terapia”, finaliza.