Capitalização dos juros
Cobrança de juros sobre juros. A cada início de mês, o novo juro é aplicado sobre a dívida total, que inclui o principal (empréstimo de fato) e os juros dos meses anteriores. No caso dos juros simples, a taxa incide apenas sobre o principal. Por exemplo, uma dívida de $ 100, com juro de 10% ao mês. No juro composto (capitalizado) a evolução da dívida iria para $ 110 no final do primeiro mês, $ 121 no final do segundo, e assim sucessivamente até que no final de um ano a dívida seria de $ 313,84. No juro simples, a dívida seria de $ 110 no final do primeiro mês, de $ 120 no final do segundo, e assim sucessivamente até chegar a $ 220 no final de um ano. Uma diferença de $ 93,84. Há uma discussão sem fim sobre se é correto ou não cobrar juros capitalizados. Mas esta conversa é mais moral do que prática, e não leva a lugar algum. Aparentemente, quem está devendo prefere o juro simples, porque teria uma dívida menor no vencimento. Acontece que na prática as coisas são diferentes. Vamos supor que o banco queira receber $ 313,84 por um empréstimo de $ 100 em um ano, e os tomadores de empréstimos aceitam pagar este montante, mas a lei proíbe o juro composto. Neste caso, o banco simplesmente converte o juro composto em taxa simples. No mesmo exemplo, bastaria que o banco cobrasse uma taxa mensal de 17,82%. Desta forma, através do juro simples, no valor de $ 17,82 por mês, cobrados apenas sobre o principal de $ 100, no final de um ano a dívida estaria nos mesmos $ 313,84. Não faz sentido discutir se o Brasil deve praticar juros compostos ou simples. A taxa composta é sem dúvida a mais usada, até pela sua praticidade. Se os juros estão altos, é preciso discutir os motivos macroeconômicos, a política econômica, o cenário internacional e, por que não, a disposição dos tomadores de empréstimos aceitarem juros absurdos. A calculadora aceita qualquer cálculo, e no final o devedor vai pagar mesmo os $ 313,84. Ver também Juros.
|