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Vendas - Satisfação e fidelidade dos clientes  

Data: 16/12/2008

 
 

Uma dificuldade muito grande hoje é a de conseguir sobreviver nesta vasta floresta capitalista, onde quem manda são os grandes predadores. Fazer bons negócios é vital para a nossa sobrevivência.

Muito se fala em relação a conseguir vender e manter clientes. Mas raramente se fala em como não perdê-los, e é sobre este assunto que falaremos neste artigo.

Estratégias de acompanhamento, cadastros, mailings privilegiados e inovações tecnológicas trabalham a nosso favor no sentido de cadastrar tudo o que nos interessa sobre os interesses do nosso cliente. Pois, como diz Dale Carnegie, 'Não devemos desejar para os outros tudo de bom que desejamos para nós mesmos; devemos desejar para os outros o que eles desejam de bom para eles mesmos. '

E quando temos o cliente na mão! Por que o perdemos? Qual é o impacto para a empresa quando isso acontece?

Os aspectos são os mais diversos e complexos, mas é sem dúvida um assunto que nos interessará hoje e sempre. Hoje, quando um cliente sai à procura de algo para comprar, ele quer algo quase que sob medida. Esses clientes, sejam empresas ou consumidores finais, não estão à procura de apenas boas opções: querem encontrar, neste mercado global, exatamente aquilo que desejam. E querem para hoje: quando, onde e do jeito que desejarem, tanto quanto a escolha, quanto à forma de negociar. Pois a competição vai além da lei da oferta e da tecnologia.

Partindo desse princípio, perguntamos então: o que você vem fazendo para não perder os seus clientes? Você sabe o impacto causado pela perda de um cliente em sua base instalada? Você já se perguntou para quantos clientes potenciais o seu cliente de base citou o seu mau atendimento?

Muitas empresas têm tecnologia interativa e os bancos de dados que possibilitam às empresas acumular uma quantidade enorme de dados sobre as preferências e necessidades individuais dos seus clientes. Mas se esquecem que apenas bancos de dados e tecnologia não negociam. No entanto, poucas empresas estão explorando esse potencial. Hoje, quase todas as empresas estão utilizando a amostragem imediata, mas, a longo prazo, sofrem sérios prejuízos. Gastam verdadeiras fortunas sem retorno em malas-diretas, telemarketing que não funciona por falta de preparação profissional e até serviço de atendimento a clientes com o número 0800, que se encontra sempre ocupado. Informações valiosas e excelentes negócios poderiam surgir desses meios se fossem bem direcionados.

Devemos usar a tecnologia a nosso favor, mas como um catalisador que fará o atendimento personalizado trabalhar junto, oferecendo como resultado a fusão entre satisfação, melhores negócios e lucro para todos.

Vamos dar um breve exemplo: uma livraria pode simplesmente esperar o cliente entrar, olhar, ser atendido e ir embora. Ou pode ir além do vender, criando um excelente relacionamento, em que o cliente entra, é recebido, orientado e faz a compra da sua necessidade. É cadastrado, pergunta-se sobre as suas preferências e, a partir daí, começa um relacionamento a curto e médio prazo. O atendimento é contínuo com o uso da tecnologia e da mala-direta, mas de forma personalizada. Como conseqüências desse atendimento, novas oportunidades de negócios virão, bem como indicações de novos clientes e a fidelidade ao produto ou à marca. Quando isso acontece, é bom para o fornecedor, que lucrará com novos negócios, e muito mais para o cliente, que se sentirá satisfeito de forma plena e fará propaganda gratuita como conseqüência.

Essa relação de satisfação e aprendizado tende a enriquecer à medida que as partes interagem entre si. Nas relações de aprendizado, cada cliente ensina mais e mais à empresa quanto às suas necessidades e preferências, proporcionando uma imensa vantagem competitiva. Quanto mais personalizado for o atendimento, maior será a aproximação de ambos. E quando isso acontece, dificulta mais a entrada de um possível concorrente. Mesmo que o seu concorrente tenha as mesmas condições que você para negociar, a possibilidade ainda será remota, pois você terá o ponto principal de valor abstrato: o relacionamento. Este, sim, é o mais importante, pois não tem preço e tem peso emocional. Este é o relacionamento que gera a continuação de negócios, indicações e fidelidade do cliente.

Utilizando essa poderosa estratégia competitiva, a empresa poderá cultivar relações de aprendizado com os clientes e utilizar o banco de dados como suporte para manter os clientes virtualmente atualizados e satisfeitos pelo ótimo atendimento.

É necessário sempre lembrar de uma regra de ouro: o capital humano é o fator decisivo e universal para o sucesso ou naufrágio nas empresas neste milênio, e nenhuma ferramenta de qualidade ou de fidelidade terá efeito se não houver caráter nas pessoas que criam e executam tudo isso.



 
Referência: curriculum.com.br
Autor: Paulo Silveira
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